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VILA NOVA DA BARQUINHA - Autarquias devem mais de 60 milhões de euros a operadores privados
De acordo com a ANTROP
Autarquias devem mais de 60 milhões de euros a operadores privados
As dívidas das autarquias aos operadores privados de transportes ascendem «aproximadamente a 60.000.000 euros». Os dados foram revelados à Transportes em Revista por Luís Cabaço Martins, presidente da ANTROP – Associação Nacional de Transportadores Rodoviários de Passageiros. Segundo explicou, estas dívidas são «decorrentes, sobretudo, da prestação de serviços de transporte escolar».
Em entrevista à TR, o presidente da ANTROP afirmou que em causa está a sustentabilidade económica e financeira das empresas privadas de transporte: «Entendo que no presente as autarquias que estão em falta devem liquidar, quanto antes, as dívidas aos operadores, resolvendo o passado, já que para várias empresas esses valores são muito significativos e o seu não pagamento tem vindo a causar graves problemas de tesouraria». Para o responsável da associação dos transportadores é urgente encontrar soluções para colmatar este problema, uma vez que, a continuarem a verificarem-se, «poderá, no limite, ocorrer a suspensão dos serviços de transporte escolar por parte dos operadores, pelo menos nos moldes que têm sido praticados».
Recorde-se que desde, o início do ano, muitos têm sido os operadores a reclamar os pagamentos em atraso às autarquias. Alguns chegaram a ameaçar suspender os passes escolares. Exemplo disso foi o caso da Rodoviária do Tejo, que, no final de janeiro, revelava com “tolerância zero” com os municípios que persistem no incumprimento do pagamento da dívida à empresa. As autarquias de Vila Nova da Barquinha, Cartaxo, Almeirim, Torres Novas, Nazaré e Bombarral eram as que mais constrangimentos colocavam, sendo os atrasos nos pagamentos daqueles municípios, segundo Rui Silva, presidente da Rodoviária do Tejo, “insustentáveis e os incumprimentos recorrentes”. Em declarações à agência Lusa, o responsável advertiu que “a corda vai rebentar”, adiantando que “não é possível continuar a arrastar a situação” e sublinhando que as câmaras foram “alertadas para esta situação limite”.Dos 43 municípios servidos pela Rodoviária do Tejo apenas em 12 os atrasos nos pagamentos não ultrapassam os três meses, existindo alguns com 22 meses de atrasos. No final de 2011, a dívida das autarquias à Rodoviária do Tejo ascendia a 11 milhões de euros. O presidente da Rodoviária do Tejo explica que o incumprimento do pagamento das dívidas por parte das autarquias estão a colocar as empresas numa “situação limite” e já não têm condições para continuar a “financiar o sistema”, sob o risco de porem em causa o pagamento de salários e enfrentarem conflitualidade social.