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Domingo, 4 de Junho de 2017
Cartas ao meu filho

FLORBELA

Por: Florbela Gil

 

 

Quantas mães não escreveram já para os seus filhos, versos, poemas?

 
Eu escrevo,, mesmo não sendo poeta, sou mãe, com um coração enorme cheia de orgulho de ter dois filhos lindos, de olhos grandes castanhos claros, amendoados.
 
A todas as mães, peço: "  Não abandoneis os vossos filhos. "
 
A todos os filhos, peço: " Não abandoneis as vossas mães."
 
Adoro-vos meus filhos por todo o carinho que me dão, sem eu pedir. Ouvir sair da vossa boca, ainda pequeninos, um deles: - "mãezinha estás tão bonita.
 
Esta frase do meu mais velho, tinha 4 anos hoje tem 27, ainda me diz o mesmo. O outro, tinha uns 5 anos, hoje tem 13, sai-se com esta conversa. Estava eu sentada no sofá, a chorar, sim porque as mães choram muitas vezes, por muitas razões.
Chega-se ao meu lado, senta-se, e diz-me: Tás a chorar mãezinha? Porquê? 
 
Respondi: - porque tou triste.
 
Diz-me ele: - queres que te conte uma anedota?
 
É claro, que no meio de tanta tristeza tive que me rir.
 
Cada um à sua maneira, que mãe não fica vaidosa quando um filho a elogia?  Que mãe não fica com o coração mais cheio  quando um filho tenta à sua maneira, tirar a tristeza.?
Pois é eu ouvi!
 
Por isso fique eternecida, não só pelas palavras como pelo gesto lindo que as acompanhava, no primeiro, agarrou-se às minhas pernas, o segundo com as duas mãos uma de cada lado na minha cara, me beijou na ponta do nariz, e fez  festas na minha cara, gez para mim uma careta para me rir.... E contou a sua anedota.
 
Obrigada meus filhos lindos, a vossa mãe Adoro-vos.


publicado por Noticias do Ribatejo às 15:14
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A linguagem da imaginação

ANA GRACIOSA

 Por: Ana Graciosa

 

 

A linguagem da imaginação.

 

Na solidão de um amplo descampado,  penso em ti e sei que tu também pensas em mim.

Somos a encomenda perfeita um do outro, sem remetente e data para entrega.

És a minha pedra Rubra, gato causador dos meus melhores sorrisos, o meu sonho real, o melhor e o maior antidoto para todos os males. Apesar de geograficamente separados, sei que te tenho sempre a meu lado e a tua presença, acalma a tempestade do meu ser.

Mas… Quando fecho os olhos, sinto o teu feitiço sobre mim… (empezábamos a hablar… momento tan dulce y mágico...enamorados el uno del otro... pero siempre deseándonos y... ) e embriago-me em pensamentos e no instinto que fica à tona.

Somos os actores principais de um filme realizado por ti. Um filme fácil de representar e imaginar, onde a magia do sexto sentido, das palavras e do mundo imaginário, percorrem e excitam nossos corpos sem que seja preciso tocar, as artérias palpitam, o coração acelera e a fonte de calor produzida, tornasse completamente involuntária e comandada somente pela nossa mente. Somos atingidos por intensas e deliciosas explosões de adrenalina de um guião improvisado. Os diversos cenários, não mudam uma vírgula no contexto cinéfilo e nas milhares sensações de prazer acumulado, que nos deixam embriagados, até nos conduzirem ao esquecimento dos nossos actos.

O caminho que se trilha dentro da inventividade criativa, é aquele lugar onde se encontram segredos e histórias, onde se constroem vidas verdadeiras ou fictícias, com esperanças e outras tantas coisas mais, onde se estimula a realidade dos sonhos e da sua concretização na vida real.



publicado por Noticias do Ribatejo às 08:00
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Cartas ao meu filho

FLORBELA

Por: Florbela Gil

 

 

Quantas mães não escreveram já para os seus filhos, versos, poemas?

 
Eu escrevo,, mesmo não sendo poeta, sou mãe, com um coração enorme cheia de orgulho de ter dois filhos lindos, de olhos grandes castanhos claros, amendoados.
 
A todas as mães, peço: "  Não abandoneis os vossos filhos. "
 
A todos os filhos, peço: " Não abandoneis as vossas mães."
 
Adoro-vos meus filhos por todo o carinho que me dão, sem eu pedir. Ouvir sair da vossa boca, ainda pequeninos, um deles: - "mãezinha estás tão bonita.
 
Esta frase do meu mais velho, tinha 4 anos hoje tem 27, ainda me diz o mesmo. O outro, tinha uns 5 anos, hoje tem 13, sai-se com esta conversa. Estava eu sentada no sofá, a chorar, sim porque as mães choram muitas vezes, por muitas razões.
Chega-se ao meu lado, senta-se, e diz-me: Tás a chorar mãezinha? Porquê? 
 
Respondi: - porque tou triste.
 
Diz-me ele: - queres que te conte uma anedota?
 
É claro, que no meio de tanta tristeza tive que me rir.
 
Cada um à sua maneira, que mãe não fica vaidosa quando um filho a elogia?  Que mãe não fica com o coração mais cheio  quando um filho tenta à sua maneira, tirar a tristeza.?
Pois é eu ouvi!
 
Por isso fique eternecida, não só pelas palavras como pelo gesto lindo que as acompanhava, no primeiro, agarrou-se às minhas pernas, o segundo com as duas mãos uma de cada lado na minha cara, me beijou na ponta do nariz, e fez  festas na minha cara, gez para mim uma careta para me rir.... E contou a sua anedota.
 
Obrigada meus filhos lindos, a vossa mãe Adoro-vos.


publicado por Noticias do Ribatejo às 07:59
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Os chinelos de quarto

ANAFONSECA

 

Por: Ana Fonseca da Luz

 

 

Os chinelos de quarto

 

Levanto-me da cama num salto. Levanto-me ainda a dormir, ou talvez não. Cheira-me a torradas e a terra molhada. Enfio os chinelos que, por acaso, são horríveis. Até os meus pés se ressentem de tanta fealdade! Os olhos então!…
Não acendo a luz. Já sei o teu quarto de cor, tal como sei os teus olhos. Numa fracção de segundos, consigo ver se estás bem ou mal-humorado. Basta-me olhar-te nos olhos. Até parece que te conheço! Mas não! Nunca ninguém conhece ninguém.
Olho-me no espelho, porque já entra alguma claridade no quarto, e quase me assusto com o que vejo. Bolas! Aquela sou eu? Eu! Ontem, quando me deitei, estava tão bem! Mas hoje… consigo estar pior que os chinelos! É por isso que não gosto de dormir. Qual sono de beleza qual gaita! Se tivesse coragem, pedia-lhe para tirar dali o espelho. Há dias em que ele me detesta. Hoje é um desses dias. Conserto o cabelo num gesto maquinal e passo as mãos suavemente pela cara, à espera de um milagre. Nada!
O choque da minha imagem reflectida no espelho fez com que acordasse. Estes chinelos são realmente feios! Abro a janela e, tal como o meu nariz me tinha avisado…lá está ela, a chuva. Bolas! Detesto chuva. Mas aquele cheiro consegue ser melhor que o das torradas!…
Saio finalmente do quarto. Na casa de banho, outro espelho ingrato lembra-me que estou quase com cinquenta anos. Passo a escova no cabelo, lavo os dentes e ajeito o pijama azul. Ainda bem que o pijama é teu e, como me está grande, me tapa os chinelos. Não quero que os vejas. Para mal-encarada basto eu! As mulheres deviam acordar sempre maquilhadas e penteadas, como nos filmes e nas telenovelas, em que elas acordam sempre frescas e maravilhosas e eles com aquela barba podre de sexy!… Mas pronto, estou melhorzinha.
O teu cão abana o rabo. Parece que me conhece. Então não é que o raio do cão é giro!… Cheira-me os chinelos, tenta mesmo mordê-los. Está visto que o teu cão, além de ser giro, como tu, aliás, também não gosta dos meus chinelos.
Chego finalmente à cozinha, a puxar por uma perna, porque o malvado do cão não me larga o chinelo. Estás de costas. As torradas estão sobre a mesa, forradinhas com manteiga e o café cheira melhor que a terra molhada lá fora. Despreocupada, a minha roupa repousa nas costas da cadeira, junto com a tua. Viras-te e é nesse momento que compreendo por que é que, sempre que posso, passo a noite contigo.
- Bom-dia! Estás linda! Como é que consegues acordar sempre com esse ar de quem tem apenas quinze anos?!
Esqueço as torradas, o café, o cheiro da terra molhada e até os malvados dos chinelos. Beijamo-nos, como se fôssemos duas estrelas de cinema!… 

«In A Rua das Magnólia»

 



publicado por Noticias do Ribatejo às 07:55
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BONECA DE TRAPOS

MARINAMALTEZ

Por: Marina Maltez

 

 

BONECA DE TRAPOS

 

Toda a vida lhe deram bonecas de porcelana. Daquelas que tinham vestidos de seda e rede e lindos cabelos louros de caracóis maravilhosos que quase lhe faziam inveja.

Cada boneca parecia uma princesa, pronta para um daqueles bailes de gala em palácios com cortinados de veludo e tapetes que parecem ser feitos de algodão doce.

Tinha talvez sete ou oito bonecas. Mas não podia brincar com elas. Era o que a mãe dizia de cada vez que a via tocar nem que fosse ao de leve numa apenas.

Anos mais tarde viu um filme que lhe fez lembrar exactamente o que sentira nessa sua idade de criança: “Charlie e a Fábrica de Chocolate”. Pobre Charlie… uma dentição perfeita, impecável (regras e mais regras impostas pelo Pai) mas à custa de nunca ter provado sequer um doce, chegar à idade adulta sem saber qual era o sabor do chocolate.

A menina  sentia o mesmo: de que me adianta darem-me estas bonecas se não posso brincar com elas? Mudar as roupas! Trocar os chapéus! Fazer penteados! Iam ficar ainda mais bonitas! Como num desfile de moda, daqueles da televisão. E ela até pensava: “Se não fosse tão magra e tão sem graça talvez um dia aparecesse na televisão com roupas assim coloridas e bonitas, como as das minhas bonecas…”. Mas rapidamente o sonho parava e voltava à realidade. A mãe tinha voltado a discutir com o pai e a culpa era dela. Nunca entendeu a razão pela qual os pais discutiam: o pai saia, a mãe ficava a chorar e ela fechava-se na biblioteca. Tinha 10 anos quando leu Homero e divertiu-se mais que a brincar com as bonecas de pele pálida e gelada.

Sem Título

Aos 11 anos e num Natal daqueles à moda antiga em que fazia frio e chovia e até se ia apanhar o pinheiro de Natal (e depois chegava-se a casa como herói cheio de lama e golpes dos picos dos pinheiros), pensou que lhe iam dar um filme. Daqueles que pareciam um livro de 600 páginas. Talvez o “Indiano Jones” que ela gostava de aventuras e sobretudo de história. Mas quando tirou o laço e rasgou o papel… diante de si um objecto vermelho de letras douradas… “Os Maias”.

Uma semana mais tarde nem deu pelas doze badaladas que anunciavam um novo ano. Estava a terminar de ler “O Monte dos Vendavais”. E quase 30 anos depois…ainda chora quando passa esse filme…

Nunca ninguém lhe perguntou o que realmente gostaria de receber. Pelo que teve bicicleta das quais caia, panos e lençóis para o enxoval quando nem queria casar. E um dia já mãe… e sim a sua princesa tinha nome, mas ela sempre lhe chamou ternamente “Bonequinha de Trapos”, “Minha Bonequinha de Trapos” porque no seu mundo de criança e de adulta não havia nada mais acolhedor, mais terno, mais encantador, mais mágico que uma linda boneca de trapos, daqueles que dá vontade de agarrar e não largar nunca mais…

Hoje a filha é adolescente. Não deve gostar muito desta expressão, mas quando a tristeza bate à porta e nem pede licença para entrar… bem… não há nada como uma sopa quente e ser a bonequinha de trapos da mãe…

 

 



publicado por Noticias do Ribatejo às 07:50
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