A 3ª Palestra “Como foram andando o tempo e os mundos?” do Ciclo de Conferências: “Crescer ao Shabbat”, a cargo de Nuno Peixinho, tem lugar no dia 17 de junho, pelas 16h00, no Auditório da Casa do Brasil.
Nesta conversa falaremos da evolução da astronomia pela sua importância na medição do tempo e como foi evoluindo a conceção do nosso mundo e dos outros mundos e seus movimentos no espaço até aos dias de hoje.
Veremos a beleza e engenho dos antigos modelos para o movimento dos planetas e de como se chegou à conceção dos dias de hoje.
A Conversa não termina, sem uma breve abordagem à própria conceção do tempo e à aparente inseparabilidade do filosófico com o científico.
Nuno Peixinho é astrónomo no Observatório Geofísico e Astronómico da Universidade de Coimbra, no Centro de Investigação da Terra e do Espaço da Universidade de Coimbra e é colaborador na Unidad de Astronomía, Facultad de Ciencias Básicas, Universidad de Antofagasta, no Chile.
O Rancho Folclórico “Ceifeiras e Campinos” de Azambuja está a organizar a edição 2017 de seu festival de folclore. O evento irá decorrer no feriado nacional de 10 de junho, bem no coração da vila de Azambuja.
O início está marcado para as 15h00, com a realização de um “Mercado à Moda Antiga”, no Largo do Município, onde não faltarão várias bancas com venda de produtos e “comes-e-bebes” num contexto de recriação etnográfica. Ao longo da tarde, será feita a receção aos grupos convidados e, pelas 18h00, terá lugar uma sessão solene na Câmara Municipal. Após o jantar convívio entre os grupos, todos os participantes farão o habitual desfile, previsto para as 21h00, desde a Junta de Freguesia de Azambuja até ao Largo do Município, onde estará instalado o palco do festival. As atuações terão início às 21h30.
Este festival nacional tem como convidados o Grupo Folclórico de São Torcado, do concelho de Guimarães; o Rancho Regional de Fânzeres, do concelho de Gondomar; o Grupo Folclórico da Casa do Povo de Ceira, do concelho de Coimbra; e o Grupo Etnográfico Danças e Cantares da Nazaré. Além do rancho anfitrião, o programa apresenta ainda a participação especial de campinos da Herdade da Adema, do grupo Avieiros de Azambuja e do rancho juvenil da casa “Tradicionais Rapazes da Grade e Raparigas da Monda”.
O 32º Festival do Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja conta com diversos apoios, entre os quais da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de Azambuja.
A manhã do dia 3 de junho, sábado, começou cedo para as centenas de voluntários que construíram a cidade dedicada aos mais novos – trabalhadores do município, voluntários de todas as idades, empresários, dirigentes associativos, técnicos de saúde e de apoio social, ranchos folclóricos, escolas de música e filarmónicas, escuteiros, polícias, guardas republicanos e bombeiros municipais, elementos da proteção civil, academias e clubes desportivos, escuteiros e associações culturais, permitiram aos mais novos tomar o lugar dos adultos e experimentar um sem número de profissões e atividades.
Ainda antes da hora marcada para a abertura da cidade aos pequenos habitantes, já a fila era longa para levantar o passaporte – documento emitido pela Câmara Municipal onde os mais pequenos vão recolhendo carimbos e autocolantes e registando para o futuro todas as experiências fantásticas vividas na sua cidade.
Recomendação do Comité das Nações Unidas para os Direitos da Criança inspirou a cidade onde brincar é a única ordem dada aos mais pequenos
Pedro Magalhães Ribeiro, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, também chegou cedinho para “agradecer a todos os que de modo completamente voluntário, sem qualquer contrapartida, dedicam o seu tempo a pensar este dia e a criar um espaço em que as crianças só têm uma ordem – brincar”.
Lembrando que o Dia Mundial da Criança celebra a Declaração dos Direitos das Crianças “e brincar é um direito consagrado nessa declaração. Talvez um dos mais importantes, porque uma comunidade sem espaço para que as crianças possam apenas ser crianças, pressupõe a existência de muitos outros desequilíbrios sociais e culturais”.
“Quando no início do mandato pensámos esta cidade, foi em especial o artigo 31.º desta declaração que inspirou a nossa área de Educação e Juventude a alargar este evento a toda a comunidade.” Pedro Magalhães Ribeiro lembrou que em 2013, “o Comité das Nações Unidas para os Direitos da Criança tinha emitido um documento que chamava a atenção dos estados para a necessidade de criar espaços que pudessem reforçar o exercício deste direito”, que permitissem usufruir “do direito ao lazer, ao descanso, à brincadeira e à plena participação na vida cultural e artística”, que o Comité considera essenciais “à integração das crianças na família, mas também na sociedade e na sua comunidade, é esta integração que dá a cada criança o sentimento de pertença e de segurança essenciais ao seu desenvolvimento”.
O convite “feito na altura às escolas, às associações culturais, desportivas e de apoio social, aos comerciantes e empresários de todas as áreas de atividade, obteve uma resposta tão positiva que por si só justifica o sucesso deste modelo”, explicou o autarca assegurando que “esta cidade é a comunidade toda, somos nós, são centenas de pessoas a dedicar um dia às suas crianças, esta cidade pequenina é exemplo da união, solidariedade e generosidade de que somos capazes em prol dos outros. É um espaço seguro para as crianças, de integração, de promoção de igualdade de oportunidades no acesso aos direitos consagrados na Declaração”.
Uma cidade para dar largas à imaginação
Na cidade criada no centro do Cartaxo para acolher – das 10h00 às 19h00 –, todas as crianças do concelho e arredores, não houve descanso possível. Às mais de cinquenta atividades profissionais, culturais, desportivas, sociais e artísticas que os mais pequenos puderam experimentar juntaram-se a música, a dança, as visitas guiadas, a caça ao tesouro, os insufláveis, a equitação ou o teatro – é caso para dizer que os pequeninos fazem cidades muito divertidas e muito agitadas.
No espaço das profissões, encontravam-se médicos dedicados a passar receitas muito importantes, enfermeiros vestidos a rigor davam “picas” ou tratavam feridas com aprumo. No atelier de arquiteto nasciam projetos de casas de sonho, quase sempre tão coloridas como a imaginação das crianças. Mas como nem só de trabalho se faz o mundo, o espaço do ourives produziu centenas de joias feitas por mãos pequeninas que as levaram para casa ou usaram nas festas que se podiam fazer ali mesmo ao lado – a tocar um instrumento, a cantar ou a dançar como um profissional.
Sendo impossível descrever tudo o que as crianças andaram a fazer ao longo do dia, resta referir que houve quem apagasse fogos ou subisse ao slide dos bombeiros para salvar vitimas imaginárias, que alguns pequenos socorreram bonecos com dificuldade em respirar, que outros montaram em tendas no relvado, que muitos passearam a cavalo, que os jogos de futebol ou o treino para karateca e para atleta não pararam ao longo do dia e que o circuito de bicicletas recebeu tantos ciclistas como a escola de trânsito recebeu condutores, que houve quem provasse os cocktails de frutas e quem transformasse meias antigas mas lavadinhas em fantoches de olhos grandes, houve quem levasse para casa balões em forma de gato ou estrelas penduradas de fios mágicos. Mas importante, importante, é dizer que para o ano todos esperam ver renascer a cidade das crianças no centro do Cartaxo.
“Urgências e maternidade colocadas em causa”
Os Deputados do PSD eleitos pelo distrito de Santarém, Nuno Serra, Duarte Marques e Teresa Leal Coelho tornam pública a sua indignação e protesto pelos novos cortes de 35% nas contratações na área da saúde que colocam em causa diversos serviços dos hospitais do distrito, Santarém e o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT). Esta decisão é uma irresponsabilidade que coloca em causa a maioria dos serviços dos hospitais da região.
Com esta decisão o Ministro da Saúde tira literalmente o tapete aos Administradores Hospitalares que ainda recentemente, ao lado da tutela, anunciaram novos serviços que afinal não vão passar do papel. A manter-se este despacho, esses anúncios, não passaram de manobras de propaganda em tempo de eleições autárquicas.
O interior do país é particularmente afetado por esta decisão irresponsável cujo alcance ninguém entende. Será que o governo não sabe que muitos dos serviços destes hospitais do interior assentam em tarefeiros que por sua vontade não querem estar a tempo inteiro no SNS? Esta é a decisão mais radical que foi tomada na área da saúde nos últimos 20 anos.
Os Deputados do PSD lembram que esta flexibilidade na gestão tem permitido às administrações dar resposta permanente às dificuldades dos diversos serviços, numa região em que é tão difícil recrutar profissionais a tempo inteiro que com os recursos existentes e flexibilidade e autonomia na gestão é possível melhorar a qualidade dos serviços e as respostas aos cidadãos.
Estes cortes de 35% correspondem a um corte impositivo, uma vez que em termos de gestão este Governo não consegue introduzir medidas duradouras, estáveis, e estruturais, e vai ter repercussões negativas no acesso à saúde.
Este governo tem duas caras, uma que anuncia as boas novas aos cidadãos e outra que na prática retira aquilo que já não era suficiente. Um governo que anuncia novos serviços e novas unidades, e que de seguida corta o financiamento é um governo que engana as pessoas.
Os Deputados do PSD lembram que alguns serviços fundamentais como as várias Urgências ou a própria Maternidade do Hospital de Abrantes assenta o seu funcionamento num conjunto de tarefeiros há muito rotinados naqueles serviços e que veem agora a sua colaboração colocada em causa e como consequência disso, a manutenção do serviço.
Os Deputados consideram que os resultados na área da saúde têm-se degradado e a dívida tem aumentado pela falta de investimento do governo e pelas cativações que têm sido feitas. A alteração das 35 horas na função pública iria ter consequências e esta é mais uma delas.
Segundo os Deputados do PSD, os portugueses, mais uma vez, estão perante uma circunstância de poder regressar a um passado que julgávamos ultrapassado e de termos de pagar os erros desta governação.
Nuno Serra, Duarte Marques e Teresa Leal Coelho exigem a revogação imediata do despacho em causa e recordam que no debate do OE2017 bem avisaram que a verba destinada aos hospitais do distrito não era suficiente para as despesas previstas mas “infelizmente o tempo, e o próprio governo, vieram dar-nos razão.
No âmbito das comemorações do 40.º aniversário da CNB o Teatro Virgínia acolhe este programa, constituído por quatro peças em reposição, cujo êxito de público foi marcante em temporadas recentes. O espetáculo terá lugar a 25 de junho, domingo, às 18h.
As duas primeiras são dos criadores portugueses Olga Roriz e Vasco Wellenkamp, a terceira do norte-americano, durante muito tempo radicado na Europa, William Forsythe e a última do israelita Ohad Naharin. Treze Gestos de um Corpo é já um clássico e uma das coreografias mais carismáticas de Olga Roriz, onde um elenco masculino alterna com um feminino numa sucessão de solos e num crescendo de intensidade dramática.
Será que é uma Estrela? é uma peça recentemente coreografada por Vasco Wellenkamp, numa sentida homenagem à bailarina Graça Barroso. Herman Schmerman, dueto de Forsythe cujo título não pretende ter qualquer significado, mostra-nos o encontro de um casal que, através de uma execução técnica quase impossível – como são, aliás, todas as obras de repertório deste coreógrafo – não deixa de nos sugerir uma narrativa de humor muito subtil.
Finalmente, com Minus 16, confirma-se a habilidade de Ohad Naharin em saber como fazer o público dançar.