Por: Antonieta Dias (*)
Algumas recomendações para os atletas
A dieta do atleta deve ser equilibrada, permite otimizar o desempenho.
Algumas recomendações são necessárias para evitar erros alimentares.
As refeições devem ser realizadas cerca de 3 a 4 horas antes da prática desportiva para permitirem a digestão dos alimentos sem que os atletas fiquem com a sensação de distensão gástrica e para impedirem o desconforto de um rendimento desadequado provocado pelas perturbações alimentares.
As refeições devem ser facilmente digeríveis, ricas em carbohidratos e com pouca quantidade de proteínas e gorduras.
Todo o atleta deve ingerir no mínimo 2 litros de líquidos.
Recomenda-se a ingestão de 500 ml de líquidos duas horas antes dos exercícios, trinta minutos antes ingerir entre 250 a 500 ml e 250 ml durante a atividade desportiva.
Se estiver num ambiente de calor e se o seu desempenho exigir muito esforço, obrigará a fazer suplementos complementares para minimizar as perdas de água resultantes da libertação de água pelo suor.
Sempre que um atleta pratica modalidades que exijam fazer exercícios de alta intensidade devem enriquecer a dieta com carbo-hidratos na proporção de 5 a 10%.
Excluem-se as bebidas com frutose por serem indigestas
Chá, bebidas gaseificadas, café ou sumos de frutas estão contraindicados durante a atividade física.
Uma alimentação rica em carne, peixe, ovos, contem ácido aspártico, que ajuda a adquirir massa muscular.
Os usos de suplementos alimentares só são necessários se a alimentação não for rica e variada.
Se as refeições dos atletas tiverem todos os ingredientes de uma alimentação diversificada os suplementos são dispensáveis.
Importa, contudo referir que se o gasto energético for intenso recomendam-se alguns suplementos que não devem ser confundidos com substâncias anabolizantes e devem ser sempre selecionados por um especialista em nutrição ou por um médico especialista em medicina desportiva.
As doses recomendadas implicam o conhecimento científico dos gastos energéticos adaptados à individualidade (sexo, faixa etária, carga de treino, numero de horas de atividade desenvolvida) de cada atleta e modalidade praticada.
Estes critérios têm que ser respeitados para se adequarem de forma equilibrada
Se os suplementos forem ingeridos em excesso podem provocar malefícios na saúde do atleta.
O rigor da sua utilização implica conhecimento.
Em caso algum os suplementos substituem as refeições adequadas e devem sempre acompanhar as refeições principais.
Quais as roupas mais convenientes param os atletas?
Não existem modelos exclusivos, é necessário adotar o vestuário ao ambiente, respeitando a temperatura do recinto onde se encontra, usando acessórios quando se justificarem.
Naturalmente que os tecidos para o fabrico do vestuário terão de ser bem seleccionados usando tecidos que permitam o conforto e garantam proteção.
Ao falamos de desporto implica falar de alongamentos, por vezes esquecidos, mas são fundamentais para manter a flexibilidade do corpo, os quais devem ser executados antes e depois das atividades desportivas desenvolvidas, tendo em conta que aumentam a maleabilidade, beneficiam a coordenação motora, permitem o relaxamento, ativam a circulação, diminuem as tensões musculares, proporcionam o aquecimentos corporal, aumentam a capacidades nas atividades mais desgastantes.
Os alongamentos também exigem técnica na sua execução devem ser regulares, realizados lentamente e sem tensão muscular.
Os alongamentos pós – exercício devem ser mais prolongados no tempo do que os que se fazem antes de iniciar a atividade desportiva.
Quantas horas de repouso por dia são necessárias para o atleta descansar, para manter a forma física, para melhorar a performance e para obter um maio rendimento desportivo.
Cada atleta deverá dormir entre 9 a doze horas por noite, para poder repor a energia gasta.
Os atletas que não cumprem estas recomendações tem mais lesões, que vão desde as fraturas de stress às fascites sobretudo a plantar que é a que provoca mais dores no calcanhar.
O descanso adequado permite fazer a recuperação mental, neurológica e fisiológica aumentando a capacidade de desempenho, o vigor e a energia necessárias para a obtenção e recuperação da força e da massa muscular, sem os quais não se obtém o sucesso desportivo.
Em suma, praticar desporto é uma arte que só terá sucesso se for acompanhada pela técnica, tatica e ciência.
O fenómeno desportivo envolve atletas, treinadores, agentes desportivos, família, adeptos e profissionais especializados no acompanhamento e na orientação desportiva.
(*) Prof. Doutora /Faculdade de Medicina do Porto
Por: ANA GRACIOSA
Tu!
Sentada num banco de madeira estragado pelo tempo,
Tendo o mar como amigo e confidente,
Recuo no tempo e recordo-te com imensa saudade,
Há pessoas de uma imensidão estrondosa,
O próprio mar sentir-se-ia pequenino na sua presença!
No amor, existe cumplicidade, reciprocidade, partilha…
Existem beijos, abraços, “amassos”, sorrisos , lágrimas, olhares…
Connosco existe muito mais…
Quando me olhaste pela primeira vez,
Vi a minha alma através do brilho dos teus olhos,
Despiste-a como despes o meu corpo,
E perdi a virgindade só com o teu olhar.
Descobri em pouco tempo, o suficiente para ter a certeza,
Que és a minha metade, a minha alma gémea.
Também eu… não preciso ver-te para te ler,
Para saber que o teu nada, completa o meu todo.
Entrega-te e entra sem medo no meu mar,
Como eu entrei no paraíso dos teus olhos,
Sinto como eles me abraçam, desejam e enlouquecem,
Desperta o psicossoma escondido em ti…
Oh peixinho minion do meu mar!
Jamais me peças para te esquecer, quando foste tu que me ensinou a amar
Espero pacientemente o dia, que meus olhos encontrarão novamente os teus,
E fazer contigo, tudo o que nos falta fazer…
Por: Marina Maltez
MODERAÇÃO
“Convém ser moderado em tudo. Até na moderação”.
Oscar Wilde
Felizmente o mundo prima por ter diferente tipos de pessoas. É esta diversidade que faz de nós uma espécie única. Não ameaçada pelas demais. No entanto, existem excepções. E como se costuma dizer a excepção confirma a regra.
Como sou assumidamente patriota a primeira excepção é Marcelo Rebelo de Sousa. O Homem (o H maiúsculo é mesmo pela enorme admiração) que dorme pouquíssimas horas por noite e consegue num dia percorrer quase o país inteiro, ouvindo as pessoas, as gentes, preocupando-se de forma genuína numa atitude inovadora de presidente que não se fecha em gabinete a assinar papéis. Creio que para o nosso Presidente da República a palavra “moderação” só se aplica às palavras, porque as suas atitudes, os seus comportamentos são quase camonianos ao superar “o que promete a força humana”. E não. Não estou a ser irónica. Tiro efectivamente o chapéu a um presidente que interage com a população, que se preocupa, que é dinâmico, que ousa quebrar o protocolo porque o serviço público é o que realmente lhe interessa.
A segunda excepção será porventura Donald Trump. Acredito que no caso de Mr. Trump ele simplesmente desconheça esta palavra (lembremos que no baile de tomada de posse escolheu My way e não creio que tenha sido homenagem a Sinatra mas sim prenúncio do que já estava na sua cabeça) e caso alguém lhe diga que ela exista será prontamente demitido, deportado ou confinado num muro de isolamento. Trump confunde a Síria com o Iraque e está-se a borrifar. Na verdade, é ele e o resto do mundo. Porque as capas de jornais apregoam a indignação de muitos mas atitudes que mudem a realidade não as há. Pelo menos Trump assume sem pudor as suas opiniões polémicas e exuberantes. E a linha que separa a coragem da loucura é ténue. Who cares? United States first! Dizem eles.
A terceira excepção é o jovem líder da Coreia do Norte (não vou nomear por receio que decida testar o seu fogo de artifício em terras lusas e era injusto até porque Alberto João Jardim foi o nosso pioneiro no espectáculo pirotécnico que emudecia qualquer turista). Esse então não faz a menor ideia do que seja moderação ou qualquer sinonimo deste vocábulo. Limita-se a eliminar quem lhe faz frente (entenda-se por eliminar, matar. Estamos no ribatejo e o boi pega-se pelos cornos) e a testar bombas e seus derivados como se estivesse em época de santos populares e o fumo da sardinha assada se misturasse com o barulho dos foguetes que anunciam a festa popular.
A quarta excepção… bem, não. Agora não tenho um nome ou protagonista mundial. Tenho aquela figura típica do português. É que em cada português há um treinador de futebol e um político. Sentado no sofá alinhava a equipa de forma diferente e ganhava o jogo de certeza e se fosse presidente é que era, mudava tudo, acabava-se a pobreza e toda a gente era feliz.
Infelizmente a moda criada por Paulo Portas (e sublinho que não há aqui uma crítica política ao senhor em questão) enraizou-se e depois temos figuras que ocupam cargos (presidentes de câmara, junta, vereadores e afins) que durante quatro anos se recolhem como irmã Lúcia à clausura e depois surgem como cogumelos em floresta a percorrer as ruas, distribuir beijos e abraços. Noutros tempos havia canetas e aventais, agora com a crise metem só os panfletos nas caixas de correio enquanto lá desfilam no meio de bandeiras e carros com slogans e cartazes que buzinam, por norma, ao som de uma qualquer voz que anuncia os projectos.
É aqui que entra Wilde, salvo seja, que o senhor merece o descanso. Haja moderação. Não pode ser um vale tudo, um olho por olho, dente por dente.
Talvez a mentalidade esteja a mudar e em cada português, para além do treinador e do político comece a surgir de forma activa o cidadão que quer participar activamente no destino da sua própria vida e da comunidade em que se insere.
Talvez não queiramos canetas (até porque devemos ajudar o comércio local, nomeadamente as papelarias) nem aventais (que têm caído em desuso tais são as tarefas que fazemos ao mesmo tempo). Talvez queiramos apenas que nos ouçam, vejam, sintam. E não apenas uma vez de quatro em quatro anos, mas sim diariamente, com regularidade. Não podemos ser só eleitores. Somos pessoas. SERES. Com voz e essa voz deve erguer-se e ser ouvida e respeitada.
P.S.: É mais do que justo fazer alusão aos nossos irmãos brasileiros. Esses sim, sinceros nas campanhas políticas. Baste evocar esse nome incontornável que deixou o slogan político topo de toda a história: “Vota Tiri-rica, pior que está não fica”!
Por: Ana Fonseca da Luz
Ontem, enquanto atravessava o Alentejo, e desviando um pouco os olhos da estrada, porque ia a guiar, pensei que, no dia em que Deus quiser tirar umas férias, vai, tenho a certeza, escolher a planície alentejana para descansar. Vai escolher um daqueles sobreiros solitários, encostar-se nele e fechar os olhos, nem que seja por breves minutos e, logo de seguida, sentir-se recomposto. Que Ele me perdoe se blasfemo…
Para me acompanhar na viagem, para baixo escolhi os Trovante e para cima Queen, porque…”The Show must go on”…
E foi ao ouvir o “125 Azul” que me lembrei de uma amiga querida, que perdeu o amor da sua vida, há já alguns anos.
Foi aí que vi que não tenho sido a amiga que ela merece e precisa. Tranquiliza-me o facto de saber que ela pode sempre contar com a Pi, a Rosélia,a Rosália e a Laurinda.
Por isso, querida, quero deixar-te este recado. Não estou presente como gostaria, porque passo a vida a correr e os momentos que tenho, e como sou egoísta, guardo-os para mim. Mas, quero que saibas que são poucos os dias em que não penso em ti, porque te considero irmã da minha alma.
Neste recado, que só tu vais perceber, deixo um beijo até ao céu, para quem tu sabes