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Domingo, 15 de Outubro de 2017
QUERER VIVER!

FLORBELA

Por: Florbela Gil

 

Querer viver, é querer ser feliz.

Quem não é feliz, não quer viver!
Mas sim...morrer!
 
Por mim tudo isso passou, nesta cabeça louca sem juízo.
 
Senti-me no fundo dum escuro e infinito túnel.
 
Mas eis que o milagre bate á porta. Alguém ligou uma luzinha no fundo desse túnel.
 
Alguém, fez com que as minhas pernas caminhassem, apesar de ser com muita dificuldade, em direção a essa luz.
 
Era uma luz pequenina, porque eu a vi muito longe, mas também muito brilhante, como um cristal.
 
 
Afinal as fadas madrinhas, tal como nos contos infantis, que me lembro de ler e ouvir, existem, e não me abandonaram .
 
Drª Helena Lage, uma excelente medica, que não me conhecia de lado nenhum, e que me viu numa maca no hospital a arrancar os fios, tubos, e a pedir para me deixarem morrer, agarrou-me, á força, voltou a deitar-me, e disse,: -"Vai ficar boa, e para a semana vai falar comigo."
 
Depois de muita luta interior, na semana seguinte fui falar com ela.
 
Drª Helena, foi a minha fada madrinha, por 5 horas seguidas, me recebeu no seu consultório, que abriu só para me atender.
 
Foi com muito amor, e carinho, que ela me recebeu, e foi esse amor incondicional, esse carinho, que ela conseguiu abrir os meus olhos, e fazer com que eu conseguisse, ver a tal luzinha, que se resumiu a uma pequena fraqueza.
 
" Florbela , não prives o teu filho de viver com a mãe, não faças a ele, o que fizeram a ti."
 
Fez-se luz, um clarão enorme de luz e emoções, um turbilhão de sentimentos reprimidos, desabrocharam em mim. Chorei muito, com muita vergonha, pelo ato que quase foi consumado, pela tristeza, pela depressão silenciosa que me andava a ensinar como morrer.
 
Essa, grande mulher, me ajudou a ser uma pessoa doce, e forte. Mandou-me  ir às consultas dum professor, médico, em Coimbra. E fez-me, um ultimato."- Se não fôr á consulta do meu colega, eu vou buscá-la, e levo-a eu mesma".
 
Cinco horas de converssa. Isto não existe, qual o médico/a que nos dias de hoje fazem isto, a um doente que bem sequer conhecem?
 
E a sua especialidade era obstetrícia.
 
Hoje, quero viver,  dar ao meu filhos o amor, e carinho que eu não tive em pequena, nem em casada.
 
Embora já seja crescidinha, e estas memórias, estão escritas no meu livro em branco com a data de 2 setembro de 1996, (28 anos), hoje tenho quase 50, aindae apetecia saltar para um colo, ser paparicada, por alguém que me desse esses miminhos, como uma criança deve ter dos pais, e eu não tive, do marido, que nada deu.
 
Mas, como eu sou uma guerreira lutei, e hoje sento-me no colinho, do filho mais novo, com 13 anos e digo,-" Dá miminhos á mãe". E ele dá. Assim como também me dá sem eu pedir, o que enche o meu coração. 
Hoje, sou livre de exigir, AMOR/ LIBERDADE/MIMINHOS/ TUDO, TUDO.
 
Hoje sou eu que faço a minha, felicidade, sou eu, que decido o que quero. Vou a baixo de vez em quando, mas sei como me posso levantar, e erguer a cabeça. E ninguém me toca, ninguém manda no meu coração, que fechou para algumas pessoas, agora só entram as que eu deixo, mas também, mando embora, quem ultrapassa o meu limite.
 
Sou feliz, e infeliz quando quero.
 
Sei levantar-me quando caio.
 
Mas a minha estrelinha nunca deixou de brilhar para mim.
 
Moral, as depressões, existem, mas está nas nossas mãos, o querer mudar, o querer, lutar pela luz.


publicado por Noticias do Ribatejo às 07:55
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Recordações

ANAFONSECA

Por: Ana Fonseca da Luz

 

Recordações



Trago na memória ecos de outros tempos, que jamais a borracha do tempo conseguirá apagar…
Lembro os velhos tempos, passados à lareira, rodeada das imensas coleções que o meu pai fazia e que ele mostrava a todos os que visitavam a nossa casa, com um orgulho imenso.
Lembro o sorriso sempre sereno e afável da minha mãe que, preferia mil vezes, ficar no primeiro andar a ler, do que acompanhar o meu pai às touradas e às fadistices que aconteciam lá em casa, e que se prolongavam noite dentro.
Lembro-me de ser pequena e na Quinta Feira de Ascensão ver alguns toureiros vestirem-se no quarto dos meus pais, antes de irem para a praça de toiros.
Mas o momento alto foi quando o Grande Mestre Batista, uma Quinta Feira de Ascensão. foi lá a casa.
Lembro-me de, muito corada e envergonhada, lhe ter pedido um autógrafo e de ter pensado que nesse momento ia morrer de felicidade, só por ele me ter dado um beijinho e de ter deixado um maravilhoso autógrafo no livro do meu pai, que era uma autêntica relíquia e onde figuravam tantos nomes dessas lides tão ribatejanas e que ele simplesmente adorava.
Lembro-me de orgulhosamente falar dos forcados da minha terra, e achar que eram os homens mais valentes do mundo.
Depois, lembro-me de todos os amigos que passavam tardes na minha casa, a ouvir música e de eles acharem que os meus pais eram diferentes dos deles, porque a nossa casa estava sempre cheia de gente.
Lembro-me de ouvir, Amália, Maria Teresa de Noronha, Teresa Tarouca, Adamo, Brel, Gilbert Bécaud e tantos outros, que faziam parte das músicas preferidas do meu pai.
Lembro-me de tal maneira desse passado, que às vezes chego a pensar que é um filme que eu vejo e volto a ver sem nunca me cansar.
Trago na memória bocadinhos da minha vida, que não trocaria por nada deste mundo…

Beijos para todos os amigos, que tantas vezes estiveram na minha casa e que eu sei, jamais a esquecerão…



publicado por Noticias do Ribatejo às 07:50
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Osteoporose

ANTONIETA

Por: Antonieta Dias (*)

 

Osteoporose

 

A osteoporose é uma doença caracterizada por uma perda da massa óssea, que determina uma diminuição da absorção de minerais e de cálcio, sendo uma causa comum de fraturas espontâneas e de quedas frequentes nos idosos.

Na maior parte dos casos está associada aos fatores de envelhecimento, à redução de massa mineral óssea e às alterações da microestrutura óssea.
Todavia, esta doença pode surgir em qualquer faixa etária.

É mais frequente nas mulheres, estimando-se que três em cada quatro vem a sofrer desta patologia.

A menopausa é um dos fatores mais importantes para o aparecimento desta doença devido à perda ou diminuição da hormona feminina-estrogénio.

Trata-se de uma doença que evolui de forma silenciosa, sendo diagnosticada muitas vezes apenas quando surge uma complicação como por exemplo no decurso de uma fratura do colo do fémur.

As fraturas osteoporóticas podem atingir outros setores corporais designadamente na coluna vertebral e no punho.

 

Representa a segunda causa  de doença a nível mundial provocando numa grande parte dos casos uma enorme incapacidade, obrigando muitas vezes os familiares a recorrerem à institucionalização dos doentes, devido à dificuldade de apoio familiar pela sobrecarga e pelo grau de dependência de terceiros que origina nos pacientes.
É o segundo maior problema de saúde mundial, surgindo logo a seguir às doenças cardiovasculares.
Os principais fatores de risco são: a presença de uma história familiar de osteoporose, o sedentarismo, os hábitos tabágicos e etílicos marcados, a diminuição da ingestão de cálcio e /ou de vitamina D, a pele clara, bem como a utilização de certos fármacos nos quais se incluem as hormonas tireoideias, os glucocorticoides, os anti convulsivantes e a heparina.

A sintomatologia é exuberante passando pela dor crónica, fraturas (vertebrais e do colo do fémur), diminuição da estatura decorrente das fraturas, perda da qualidade de vida e muitas vezes a institucionalização.

Tendo em conta as recomendações da Organização Geral de Saúde (OMS), as pessoas devem ser incentivadas a ingerirem diariamente alimentos ricos em cálcio numa quantidade de 1000 a 1300 mg/dia (corresponde a três porções de leite e derivados- um copo de leite equivale a 250 mg de cálcio e um iogurte e uma fatia de queijo a 300 mg).

A exposição solar (nas horas recomendadas) é necessária para a produção da vitamina D, que é fundamental para a formação e manutenção de um esqueleto saudável.

As pessoas devem manter-se ativas, caminhando ao ar livre e devem fazer uma alimentação variada para reporem os níveis de cálcio necessários quer seja através dos alimentos ou de suplementos.

A magreza exagerada com IMC <= a 21 Kg/ m2, é na maior parte dos casos um indicador de osteoporose.

Os doentes que sofrem de artrite reumatoide, os grandes fumadores e as pessoas que ingerem bebidas alcoólicas em excesso são candidatos muito fortes ao desenvolvimento desta doença.

A doença previne-se com a manutenção de hábitos de vida saudáveis, durante toda a vida (desde o nascimento), através da vigilância e reposição dos níveis de estrogénios, pois a sua diminuição acelera a perda da massa óssea, com a estimulação da prática do exercício físico com regularidade, por exemplo a caminhada e os exercícios aeróbicos que devem ser iniciados nas idades jovens.

Uma alimentação saudável é outro dos requisitos aconselháveis.

O tratamento é feito com uma alimentação rica em cálcio (leite e derivados) e vitamina D, exercício físico praticado de forma regular caminhadas), exposição solar e sempre que necessário suplementar a alimentação e utilizar terapêuticas complementares.

Em suma, apesar de se tratar de uma doença grave e muitas vezes altamente incapacitante, existem formas muito simples de prevenir e de minimizar os efeitos adversos e as sequelas da doença.

Prevenir a doença é essencial, com o aumento da expectativa de vida, a osteopenia e a osteoporose são resultantes do desgaste e suscetíveis de gerar fraturas espontâneas ou desencadeadas pelas quedas tão frequentes nos idosos e a osteoporose é uma doença previsível e a alimentação e o exercício físico são armas poderosas no combate à doença.

Quando a osteoporose estiver instalada é necessário associar suplementos minerais e medicamentos para prevenir a perda óssea e aumentar a densidade mineral óssea.

(*) Prof. Doutora na Faculdade de Medicina do Porto



publicado por Noticias do Ribatejo às 07:30
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