José Sócrates deslocou-se à Escola Profissional de Salvaterra de Magos (EPSM) para entregar o diploma de conclusão do 12º ano ao aluno mais velho do país, João da Silva André, que concluiu o ensino secundário com 85 anos, através do programa Novas Oportunidades.
“O João André é um exemplo para o país, e é isso que eu vim aqui mostrar”, afirmou o primeiro-ministro durante a cerimónia, onde esteve também presente a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues.
“Eu sei que é preciso coragem para confessar que não sabemos o suficiente e regressar à escola”, disse José Sócrates aos mais de 30 formandos que receberam o seu diploma na quarta-feira, 29 de Abril.
Actualmente, existem cerca de 800 mil portugueses inscritos nas Novas Oportunidades, a trabalhar ou à procura de emprego, afirmou José Sócrates, para quem o percurso do octogenário deve servir de modelo “a todos os que procuram a sua valorização pessoal e profissional”.
“Este programa foi criado precisamente para dar uma segunda oportunidade aos que a tiveram e que, por alguma razão, não a aproveitaram, e sobretudo aos que nunca tiveram essa oportunidade, como é o caso do João André”, acrescentou o chefe do governo, sublinhando que a qualificação “é fundamental não só para a competitividade das empresas, mas também para criar uma melhores cidadãos e pessoas mais cultas”.
Sendo um poeta popular que aguarda quem lhe publique as quadras, João André não perdeu a oportunidade de recitar alguns versos perante tão ilustre plateia, onde a mensagem principal foi sempre nunca deixar de aprender, seja com que idade for.
O estudante mais velho do país agradeceu ainda à EPSM, onde diz ter encontrado “uma família”.
“Tenho que agradecer a todas as empresas da região do Sorraia, pois sempre acolheram a mão-de-obra da escola para estágios e permitiram que os seus empregados frequentassem acções de formação que os valorizam pessoal e profissionalmente”, afirmou Salomé Rafael, responsável pela EPSM, uma instituição criada há 20 anos e que conta, actualmente, com cerca de 800 alunos espalhados pelas várias ofertas formativas.
“Em boa hora apareceram os Centros Novas Oportunidades, pois tem sido das melhores experiências que temos tido cá na escola, ao contactar com pessoas com uma enorme riqueza no seu percurso de vida”, concluiu ainda a responsável.
«O Ribatejo»
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