A Escola EB 2,3, integrada no Agrupamento de Escolas D. Sancho I de Pontével, recebeu no dia 28 de abril, uma sessão que trouxe aos jovens alunos do 5.º ano, a oportunidade de ficarem a saber mais sobre um grande fantasma que anda por aí perdido e gasta rios de dinheiro – a energia desperdiçada.
Os 46 alunos que participaram na sessão, conduzida por Vânia Campizes, formadora da DECO – Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO), mostraram já saber um pouco sobre poupança de energia, sendo capazes de responder a perguntas que envolvem conceitos que, para muitos adultos, ainda não são usuais, como o off mode ou o stand by.
Pedro Magalhães Ribeiro, que acompanhou a sessão, afirmou ser esta uma das razões porque “a área de Educação da Câmara se tem empenhado em trazer às escolas sessões de sensibilização, sobre temas ambientais, ou de segurança, que são dedicadas aos mais novos”, reconhecendo que “as crianças são mais recetivas à mudança de hábitos do que nós, os adultos. Comentam em casa e partilham com a família e amigos o que aprendem nestas sessões, são muito curiosos”.
O Diretor do Agrupamento de Escolas D. Sancho I de Pontével, Luís Bruno, que assistiu à sessão, assim como professores das turmas presentes, reconheceu o valor “para os alunos, de vir alguém de fora falar com eles, há sempre algo que aprendem e que fica para a sua prática diária”.
Vânia Campizes explicou que Energia Fantasma, é o nome que a DECO deu a uma campanha nacional que quer chamar a atenção para os consumos stand by/off-mode e outros desperdícios de energia. A campanha é financiada pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e pretende ajudar os consumidores a reduzirem a sua fatura de eletricidade, eliminando os desperdícios de energia, gerando poupança para as famílias e protegendo o ambiente.
“Para além das sessões de sensibilização dedicadas à comunidade escolar, temos também sessões para a comunidade”, afirmou a formadora, reconhecendo que “é difícil mudar hábitos, por isso temos de persistir, indo ao encontro das pessoas”.
Luzinhas vermelhas é energia que se gasta mas não se vê
Os alunos trouxeram a sua própria energia à sessão, participando com entusiasmo e mostrando que já percebem um pouco do assunto “as luzinhas vermelhas gastam energia”, afirmou um dos pequenos participantes, mas outros ainda tinham alguma dificuldade em perceber para onde vai a eletricidade quando se desliga um aparelho “fica na tomada?”, pergunta um menino mais curioso.
Outros explicaram que se “pode ligar tudo a uma tomada que tem um botão e depois desliga-se o botão, pronto, já não gasta”, proposta que a própria formadora apresentaria como solução para desligar sem esforço muitos aparelhos ao mesmo tempo.
Alguns ainda não tinham percebido bem as etiquetas energéticas “se diz A, mas depois diz mais, mais, mais…”, dúvida razoável, que foi esclarecida. Agora é ir para casa e ajudar os adultos a impedir a Energia Fantasma de andar por aí à solta.
CULTURA ASSINALA DIA DA LIBERDADE
O Programa das Comemorações do 25 de Abril, no Cartaxo, decorreu de 23 a 26 de abril, com um conjunto de atividades culturais e desportivas, para além da sessão solene, que teve lugar na manhã de dia 25 de Abril, foram muitas as iniciativas organizadas por associações e pela Câmara Municipal.
O Centro Cultural (CCC) acolheu a 23 de abril, uma iniciativa da C-Part – Juventude no Cartaxo, o documentário de Raquel Freire – Dreamocracy, que abriu o Programa das Comemorações. A 24 e 25 de abril, foi a Área de Serviço – Projeto de Criação Teatral, a levar ao palco CCC a peça que estreara a 17 de abril – Escândalo nas Notícias da Noite, a 26 de abril, a Universidade Sénior do Cartaxo apresentou a peça Memórias do Estado Novo.
A tarde de 25 de Abril contou com a participação de cinco bandas filarmónicas do concelho, que levaram largas dezenas de músicos, de todas as gerações, ao palco do CCC – Sociedade Filarmónica Incrível Pontevelense, Sociedade Filarmónica Ereirense, Sociedade Cultural e Recreativa de Vale da Pinta, Associação Filarmónica União Lapense, Sociedade Filarmónica Cartaxense.
O Encontro terminou com uma banda composta por todos os músicos que, apesar das fardas muito diferentes, tocaram juntos a Grândola Vila Morena, sob a batuta do Maestro Simões Ribeiro e perante uma sala cheia, que acompanhou de pé a música que foi a senha usada pelos militares para saírem dos quarteis e que se tornaria símbolo da Revolução dos Cravos – como o Maestro afirmou “será imortal no coração dos portugueses”.
Pelo final da tarde, foi Ricardo Quaresma Vieira, natural de Pontével, que ocupou as atenções no CCC, com uma exposição que estará patente ao público até 7 de junho – A Morte do Artista –, reflexão ao estado da arte e da cultura em Portugal.