Principais resultados do estudo:
Recorde-se que a Geração Y é a primeira geração verdadeiramente digital: os millennials são os primeiros "digitais nativos" da história e têm tendências de consumo muito específicas.
Em Portugal estima-se que 19,2% da população portuguesa seja composta por millennials, o que representa um universo de 2 milhões de consumidores. Em termos globais, 25% da população mundial é já composta pela chamada Geração Y e as previsões apontam para que os millennials representem, em 2025, cerca de 75% da força de trabalho a nível mundial.
Por isso mesmo, nos próximos anos, esta geração será a principal responsável pelas mudanças-chave nas preferências e escolhas das marcas e produtos. Tendo esta realidade como pano de fundo, a Agrocluster elaborou o estudo "Tendências de Consumo: Geração Y- Millennials" com o objetivo de conhecer as grandes tendências que vão emergir nos próximos cinco a 10 anos, relacionadas com as vivências dos millennials.
No estudo foram identificadas 10 grandes tendências de consumo. A saber:
Um grupo de trabalho estudou e aprofundou as dimensões e sub-dimensões associadas a estas 10 grandes tendências de consumo identificadas e, numa fase seguinte, foi elaborado um questionário realizado a 5.000 millennials (1.000 indivíduos pertencentes a cada um dos países estudados – Portugal; Espanha; França; Inglaterra e EUA).
"Os resultados deste estudo são uma prova de como os padrões de consumo estão a mudar. Os millennials já estão a alterar a economia e a forma como vendemos e compramos. Por isso mesmo, é fundamental para as empresas que operam no setor agroalimentar redefinirem os seus negócios e direcionarem os seus produtos e estratégias para irem de encontro a esta nova geração de consumidores", disse Carlos Lopes de Sousa, presidente do Agrocluster Ribatejo.
Recorde-se ainda que este estudo está inserido no âmbito do projeto AGROCAPACITA – Capacitação do setor agroalimentar no Horizonte 2020, apoiado pelo Programa Operacional Alentejo 2020.
Agrocluster Ribatejo propõe criar valor em vez de desperdício
Criar valor em vez de criar desperdício. Foi desta forma que o Presidente do Agrocluster Ribatejo, Carlos Lopes de Sousa, resumiu o conceito de Economia Circular. O dirigente do cluster alertou as empresas para a necessidade de se adaptarem a esta nova tendência, uma vez que a implementação dos princípios que regem a mesma, tem inúmeras mais-valias para as empresas.
Para este seminário, o Agrocluster Ribatejo convidou três oradores, que deram o seu testemunho quanto à temática. António Vasconcelos, da empresa The Natural Step, uma ONG que tem como missão alertar a sociedade para as questões da Economia Circular, fez uma apresentação sobre "As tendências inovadoras na economia circular do setor agroindustrial", deixando diversas sugestões de adaptação do conceito ao negócio das empresas presentes.
Seguiu-se a intervenção de duas empresas, que explicaram a adaptação do seu negócio à Economia Circular. Nuno Oliveira, da Esporão S.A., falou sobre a economia circular na perspetiva da gestão dos ecossistemas e João Silva, da Cooperfrutas explicou de que forma a sua empresa está a aplicar este conceito, com enfoque nas diversas vantagens que isso acarreta.
Este seminário realizou-se no âmbito do projeto Natureef, consórcio internacional que o Agrocluster Ribatejo integra e que tem como objetivo a transferência de tecnologia para as empresas da região. Teve lugar no CNEMA, em Santarém, no âmbito da realização da FERSANT e Feira Nacional da Agricultura.
De referir que a Economia Circular é um conceito estratégico que assenta na redução, reutilização, recuperação e reciclagem de materiais e energia, substituindo o conceito de fim-de-vida da economia linear, por novos fluxos circulares de reutilização, restauração e renovação. A Economia Circular ultrapassa assim o âmbito e foco estrito das ações de gestão de resíduos e de reciclagem, visando uma ação mais ampla, desde o redesenho de processos, produtos e novos modelos de negócio até à otimização da utilização de recursos ("circulando" o mais eficientemente possível produtos, componentes e materiais nos ciclos técnicos e/ou biológicos). Visa assim o desenvolvimento de novos produtos e serviços economicamente viáveis e ecologicamente eficientes, materializando-se na minimização da extração de recursos, maximização da reutilização, aumento da eficiência e desenvolvimento de novos modelos de negócios.