Por: Ana Graciosa
O tempo carrega em si a saudade…
Continuas a ser o local mais confortável e preferido.
Porque te quero tanto para além da razão? Apesar do mal que me fazes sentir e do frio que me causas?
Somos iguais, sabias? Quase “farinha” do mesmo saco e por isso chocamos, ludibriamos vontades e mascaramos quereres.
Não vamos em conversas fáceis e fazemos parecer o que não somos….
O que te mostrei e viste de mim! Pode ser ter sido pura ilusão… não há quem me leia, me conheça, me complete, me decifre…
Nem o meu nome sabes e, muito menos a minha história.
A vida fez com que cruzássemos caminhos e tropeçássemos na esquina do tempo, até trocar os nossos planos.
Apetecia-me um abraço daqueles que nos deixa apertados, colados e sem fôlego…
Hoje, queria aconchegar-me egoistamente… é um daqueles dias, que não me suporto a mim mesma,
Quero ser livre para saber quem sou por mim, e não o que pudesse ser por ti.
Não quero ser tua… quero ser só minha,
Porque sou de quem eu quero e não de quem me quer.
É difícil acreditar em condições adversas, dias de confusão, mentira e insegurança
Mas… devolver-te-ia cada beijo que demos, para receber um só pela última vez.
Há dias que me sinto pequenina demais , num lugar inóspito deste gigante mundo, onde se me desarruma os pensamentos e revolvem as lembranças.
Queria a realidade da verdade…
Que me mostrasses o teu lado mais negro, os teus dias de tempestade, porque te ris e, porque choras em silêncio.
Talvez nesse dia, soubesses o que jamais saberás de mim…