Grupo Cénico da Música Nova de Pernes cancela apresentação da peça “A Promessa”
A peça “A Promessa" pelo Grupo Cénico da Música Nova de Pernes que fazia parte do “Ciclo de Teatro Santareno” foi adiada por questões de elenco de última hora. A peça, que subia ao palco do Teatro Sá da Bandeira, no próximo dia 14, às 21h30, no âmbito das comemorações “Novembro, Mês de Santareno” terá nova data de apresentação a anunciar brevemente.
GRPI/CMS
Os actores Ruy de Carvalho e Lurdes Norberto vão ser agraciados com o Prémio Santareno de Teatro -Carreira, atribuído pela Câmara Municipal de Santarém e o Instituto Bernardo Santareno. A distinção premeia o prestigiado percurso de décadas, como actores de excelência. Os prémios (troféu criado pelo escultor José Coelho) serão entregues durante a IV Gala Santareno, no próximo dia 22, às 21h30, no Teatro Sá da Bandeira, em Santarém.
O anúncio foi feito hoje, na conferência de imprensa, que teve lugar no Salão Nobre da Câmara de Santarém e que contou com o presença do presidente da autarquia local, Francisco Moita Flores e do presidente do Instituto Bernardo Santareno, Vicente Batalha.
A edição deste ano dos prémios distingue também as interpretações de Luísa Cruz, em "Harper Reagan", encenação Ana Nave e de José Raposo, em "O Violino no Telhado", encenação Filipe La Féria.
Na categoria “Revelação” os prémios vão para os jovens actores Carla Galvão e Sérgio Praia e na categoria “Espectáculo” para a peça "Esta noite improvisa-se" de Pirandello, encenação Jorge Silva Melo, co-produção Teatro Nacional D. Maria II / Artistas Unidos.
O Prémios Santareno de Teatro 2009 têm ainda uma distinção "especial" para Rui Madeira, director, encenador e actor da Companhia de Teatro de Braga, assim como para Joaquim Benite, director do Teatro Municipal de Almada (TMA) e do Festival de Almada e ainda para o actor de Santarém, António Júlio, do Veto Teatro Oficina.
O presidente da Câmara de Santarém, Francisco Moita Flores, disse que “ Santareno ressuscitou e é um património do país”, frisando que “Bernardo Santareno é talvez um dos maiores dramaturgo do século XX”.
O autarca salientou também que “Santareno e as actividades em seu torno são já uma marca que muito nos orgulha”, acrescentando, no entanto, que “é preciso cativar a opinião pública para o Mês de Santareno”.
Moita Flores lamentou ainda o facto de “Santareno não ser produzido e encenado pelos teatros de Santarem. Apenas o Grupo Cénico da Música Nova de Pernes é o que anda mais perto da obra de Santareno. Mas tenho esperança que os grupos comecem apostar mais no dramaturgo Santareno”.
IV Gala Santareno
Além dos prémios, a IV Gala Santareno vai ser marcada pela música, pelo canto e pelo bailado, mas, sobretudo, pela homenagem ao dramaturgo, nascido aqui, na cidade de Santarém, a 19 de Novembro de 1920, com o nome de António Martinho do Rosário.
Na homenagem será passado o excerto do vídeo da estreia de “Português, escritor, 45 anos de idade” , no Teatro Maria Matos, sob a direcção de Artur Ramos, a primeira peça de teatro representada sem censura, após o 25 de Abril. Sobem também ao palco do Teatro Sá da Bandeira, o Veto Teatro Oficina com uma cena d’ “O Lugre” excerto do seu espectáculo “Bernardo Santareno, Os Túneis da Liberdade”. Nuno Domingos, Mário Marcos, Pedro Marcos, Eliseu Raimundo, Francisco Selqueira, Carlos Gabriel e Luís Coelho serão os actores em cena.
Ao longo do espectáculo, a Orquestra Santos Rosa, "ao estilo das grande orquestras americanas dos anos 1940", promete animar os presentes.
Com apresentação de Isabel Angelino e Eládio Clímaco, a entrega dos prémios vai ser intercalada com as actuações dos bailarinos Catarina Duarte e Vicente Trindade da Academia de Dança Antiga de Lisboa, da soprano Ana Paula Russo e do tenor João Pedro Cabral acompanhados ao piano por Nuno Lopes, de Carlos Mendes (acompanhado ao piano por Filipe Raposo) e de Jorge Palma.
Durante o evento serão também entregues os prémios da 2ª edição do “Prémio Nacional de Teatro Bernardo Santareno”. Nesta edição, estiveram a concurso, 145 peças de teatro, vindas de norte a sul, incluindo, as ilhas dos Açores e da Madeira.
“Não Deixes que a Noite se Apague” de Domingos Lobo foi a peça vencedora deste ano.
Também neste dia, vai estar patente ao público a exposição “Prémios Santareno de Teatro – Carreira”, no Bar/Galeria do Teatro Sá da Bandeira. A mostra poderá ser visitada até ao dia 30 de Novembro.
Novembro, Mês de Santareno
A peça “A Promessa" pelo Grupo Cénico da Música Nova de Pernes que fazia parte do “Ciclo de Teatro Santareno” foi adiada por questões de elenco de última hora. A peça que subia ao palco do Teatro Sá da Bandeira, no próximo dia 14, às 21h30, terá nova data de apresentação que será anunciada brevemente.
O “Ciclo de Teatro Santareno” prossegue nos dias 19, 20 e 21, às 21h30, com a estreia do "O Pecado de João Agonia" pelo Teatro do Azeite. Elenco: Miguel Raposo, Paula Só, João Abel Baptista, Sílvia Almeida, Maria José, Henrique Martins, Pedro Oliveira, Sandra Santos, Carlos Malvarez, Susana Vitorino e Eduardo Frazão. Encenação e direcção musical: Pedro Oliveira.
No dia 28, também às 21h30, é a vez d’ "O Crime da Aldeia Velha" pelo Grupo Mérito Dramático Avintense. Intérpretes: Tânia Fonseca, Marcos Amorim; Andreia Costa, Sílvia Marques: Lígia Gonçalves, Lúcia Arada, Joana Lopes, Rute Oliveira, Lurdes Zeferino, Fernando Gonçalves, Teresa Silva, Vítor Parente, Ricardo Silva, Marco Monteiro, Vitorino Teixeira e Albino Gonçalves. “Santareno para crianças” é também o actividade que está a ser levada a cabo, na Sala de Leitura Bernardo Santareno, em Santarém, no âmbito das comemorações “Novembro, Mês de Santareno” organizadas pela autarquia local e Instituto Bernardo Santareno.
A iniciativa que decorre até ao dia 26, com sessões às terças e quintas-feiras, às 10h30, destina-se a crianças do pré-escolar e do 1º Ciclo do Ensino Básico e está a cargo da “Aqui Há Gato”, Livraria Infantil/ Atelier de Arte para Crianças, com a colaboração do Teatrinho de Santarém.
“Santareno para crianças” tem como objectivo dar a conhecer aos mais pequenos a vida e obra de Bernardo Santareno, assim como celebrar os 50 anos das obras do dramaturgo: “Nos Mares do Fim do Mundo”, “O Lugre” e o “Crime da Aldeia Velha”, escritas em 1959.
Ao todo vão passar por este espaço 200 crianças, que terão também oportunidade de visitar a exposição “Bernardo Santareno, Pseudónimo de António Martinho do Rosário, Vida e Obra”, patente na Sala de Leitura Bernardo Santareno.
Há também actividades sobre “A vida e obra de Bernardo Santareno”, dias 4, 11 e 13 de Novembro, às 14h30, para os alunos do 2º e 3º ciclos do Ensino Básico, Secundário e Universitário, e no dia 13, às 18h30, para público em geral.
Estas actividades contam com a participação do Centro Dramático Bernardo Santareno
GRPI/CMS
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O Festival de Música do Alviela não se vai realizar este ano, tal como já havia sucedido em 2008. As edições que decorreram nos verões de 2006 e 2007 junto ao rio em Vaqueiros poderão ficar na história como as únicas dessa iniciativa lançada pela Câmara de Santarém neste mandato liderado por Francisco Moita Flores (PSD). O autarca diz que o festival deixou de fazer sentido a partir do momento em que o Governo mostrou abertura para lançar obras tendentes a resolver os crónicos problemas de poluição que afectam o rio, designadamente na ETAR e sistema de saneamento de Alcanena.
“O festival tinha um carácter de militância e de combate grande. Enquanto houver abertura do Governo para a realização das obras estaremos em paz. Há um tempo para o combate e um tempo para apaziguar as coisas”, disse ao nosso jornal Moita Flores, acrescentando que “o festival cumpriu a sua missão” de denúncia de um problema com décadas que urgia em ser resolvido. No entanto a autarquia vai continuar a promover eventos pontuais com o rio como tema central, assegurou.
O presidente da Junta de freguesia de Vaqueiros, Firmino Oliveira, foi um dos entusiastas e alma do festival e lamenta que o mesmo tenha acabado ao fim de duas edições que trouxeram uma visibilidade à zona pela positiva. O autarca considera que o festival continua a fazer sentido. Até pelo investimento que foi feito nas margens do rio e pelo contributo que deu para o desenvolvimento na zona de Vaqueiros.
“Temos condições naturais para fazer eventos com esse ou com outro nome e gastou-se aqui muito dinheiro”, afirma Firmino Oliveira, garantindo que vai continuar a tentar influenciar Moita Flores para que o espaço volte a acolher iniciativas, “mesmo que seja noutros moldes”. “O ideal seria criar ali uma zona de lazer”, defende.
Em 2008 a razão apontada para não se realizar o festival prendeu-se com razões financeiras. Na altura, Moita Flores disse que pretendia conferir ao evento um carácter bienal e dar-lhe mais profissionalismo. Além disso, dizia o presidente da câmara, a sua realização coincide com o período estival, onde grande parte da mão-de-obra do município está afectada às intervenções de manutenção e conservação de escolas.
Finalmente obras para despoluir o Alviela
Recorde-se que no dia 5 de Junho último foi assinado em Alcanena um protocolo envolvendo quatro entidades e que prevê a realização de várias intervenções complementares para mudar a face ao rio que atravessa os concelhos de Alcanena e Santarém. O investimento estimado é de 21,2 milhões de euros e engloba: a construção de uma unidade de tratamento de resíduos industriais (raspas verdes); a melhoria do sistema de tratamento da ETAR de Alcanena; remodelação da rede de colectores de águas residuais; reabilitação da zona de lamas não estabilizadas; e defesa contra cheias da ETAR de Alcanena. O acordo foi assinado pela Câmara de Alcanena, Instituto da Águas (INAG), Administração da Região Hidrográfica do Tejo (ARHT) e AUSTRA, e engloba ainda a reconstrução da cascata do mouchão de Pernes, no concelho de Santarém.
A Câmara de Santarém também já adjudicou as obras de construção da ETAR de Alcanede e de remodelação das ETAR de Pernes e de Amiais de Baixo, cujas obras já se iniciaram ou devem ter início em breve segundo informou Moita Flores.
«O Mirante»