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É do domínio público, ou pelo menos dos leitores deste blogue, que tenho algumas divergências de monta com o vereador Luís Ferreira, nomeadamente no que se refere à inopinada coligação, ou à recente atitude em relação ao imbróglio ParqT. Nunca confundi, todavia, divergências políticas com questões pessoais, muito menos com ódios de estimação. É sempre mau quando se não sabe ou se não quer estabelecer uma grande e salutar diferença entre toalhas e panos de cozinha.
Está agora a ser difundido por estes lados, tendo-me chegado por mail e por comentário, que um vogal da AM de Alpiarça -que se abstém, claro está, de indicar qual a força política que naquele órgão representa- descobriu à pouco que o cidadão Luís Ferreira foi a dada altura contratado por ajuste directo por aquela autarquia ribatejana, na categoria de "Técnico de informática", tendo ingressado logo nos respectivos quadros de pessoal. Vamos a ser claros e a urinar a direito. Perante tal facto, uma de duas: Ou é legal e trata-se de lastimável questiúncula politiqueira; ou ilegal e deve providenciar-se imediatamente adequada providência, na área do poder judicial. O resto não passa de baba peçonhenta de quem não gosta de perder nem aceita a derrota, insistindo pesadamente numa insólita e hipócrita atitude de defensor da moral e da ética.
Porque a triste realidade é esta: O que incomoda sobretudo alguns tomarenses, não é a sua contratação pelo município de Alpiarça, a sua actuação no PS, ou sequer o seu desempenho enquanto vereador. O que dói a esses tomarenses é que o agora autarca eleito na lista PS não seja bem nascido, não faça parte das boas famílias nabantinas, seja lá isso o que for. Ando por cá há tempo suficiente para saber que uma determinada camada social, que se julga "la crème de la crème" local, continua agarrada a valores que já na primeira metado do século passado eram anacrónicos. Basta dizer que até havia e há ainda, entre essas excelsas e prendadas criaturas, alguns exemplares monárquicos absolutistas, adeptos do "falecido senhor Rei D. Miguel, que Deus haja..." Resulta por isso assaz hilariante assistir à presente acção conjunta de eleitores da extrema direita trauliteira, de esquerdistas post-25 de Abril e de cidadãos da área da CDU, que nunca piaram sequer antes de Abril de 74, tentando de algum modo arredar do poder o intruso Luís Ferreira, demasiado laico, plebeu e ousado para os seus gostos pseudo-requintados. Haja vergonha!
O actual embaixador americano em Lisboa, por exemplo, é um respeitável cidadão que financiou generosamente a campanha de Obama, tendo depois sido contemplado com esse lugar diplomático. Quer isso dizer que o presidente americano também prevaricou? Que fez algo moral ou eticamente condenável? Há eleitos que fariam melhor ir olhando para os respectivos fatos, não vá dar-se o caso de nos melhores panos também terem caído nódoas. Isto agora com a informática, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma e se sabe. É apenas uma questão de tempo e de paciência... Já os nossos antepassados diziam, sem sequer sonharem com a internet, "Filho és, pai serás; conforme fizeres, assim acharás".