Atendendo a que o mandato do actual Conselho de Administração do CHMT está aterminar a Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo acha pertinente fazer alguns comentários sobre a sua actividade e apresentar algumas sugestões sobre a composiçãodo futuro órgão dirigente do CHMT.
O CHMT precisa de ser valorizado em todas as suas valências como unidade pública de saúde, no âmbito do Serviço Nacional de Saúde, e promover sinergias e a colaboração com outros níveis de cuidados de saúde, nomeadamente os Primários e Continuados.
O aumento do número de elementos do actual Conselho de Administração do CHMT (que segundo consta foi um imperativo de manutenção dos equilíbrios político-partidários e regionais) não se traduziu em quaisquer ganhos de eficiência e eficácia nemna definição de um plano estratégico para tão importante unidade de saúde do SNS.
Nem o objectivo de equilibrar a situação financeira, bem explícito pelos responsáveis, aquando da tomada de posse não foi alcançado, tendo, até piorado.
Esta Comissão de Utentes, na ausência de Conselho Consultivo do CHMT (e na esteira de algumas das conclusões de recente Auditoria do Tribunal de Contas), sugere que a próxima equipa dirigente seja mais pequena (mas deve continuar a ter o Director Clínico e o Enfº. Director), mais coesa, mais dialogante com os profissinais e com a comunidade envolvente, mais eficaz na definição e aplicação de um plano estratégico que dinamize os serviços existentes, crie outros e aproveite todas as potencialidades de Instalações e equipamentos, como forma de servir o desenvolvimento social eeconómico da Região e do País.
Certos da atenção que as nossas observações merecerão de Va. Exa. enviamos os nossos melhores cumprimentos.
A Comissão de Utentes da Saúde do Médio TejoMédio Tejo,
26.07.2010
Por: Anabela Melão
Já deixei clara a minha posição sobre as presidenciais e sobre quem apoio. Falo hoje de quem não apoio. Decididamente, não apoio Cavaco Silva. Seria muito fácil elencar as (in)qualidades que não lhe revejo e muito difícil lembrar-me (assim, de repente!!) de alguma qualidade para lhe apontar.
Mas não gosto de ver ninguém – imagine-se que nem os políticos! – a ser atacado por algo “sem ponta por onde se lhe pegue”! Evidentemente que Cavaco nunca pretendeu ser fixe, mas, estou certa, à sua maneira – que raramente compreendo! – tenta ser o presidente de todos os portugueses. Que Deus me perdoe (!), mas, quanto mais não seja, porque está, em princípio, candidato às próximas eleições, e se pode tomar medidas que o beneficiem em pré-campanha, não deixará de o fazer. Se há coisa que Cavaco já confirmou e comprovou é que é um estratega de nível! Da Figueira da Foz ao desmaio na tomada de posse de António Guterres, no Palácio da Ajuda, em 1995, muito andou Anibal.
Ora, o “candidato da direita conservadora” e, segundo grande parte dos católicos portugueses – pelo menos dos que se pronunciam sobre o tema - o “candidato dos católicos” vê agora o seu eleitorado típico e esperado retrair-se, por causa do não-veto ao casamento gay.
Julgo que nenhum de nós imagina o Presidente como um convidado de uma destas cerimónias e nem sequer acreditamos que o tolere, no seio da família ou do circuito dos amigos. Cavaco Silva sempre foi conhecido, mesmo enquanto Ministro, por observar, julgar e punir as atitudes dos outros quando estas não coincidem com os seus conceitos e valores. Por isso, penso que os católicos se devem entender, ao menos neste ponto: não querem Cavaco Silva num segundo mandato porque não, ou não o querem porque sim. É que o que vem a público é tão contraditório que ninguém entende muito bem o porquê desta querela.
O Cardeal Patriarca afirma que esperava que Cavaco Silva “usasse o veto político” na dita lei e acredita que se o tivesse feito “ganhava as eleições” presidenciais do próximo ano. “Pela sua identidade cultural, de católico, penso que precisava de marcar uma posição também pessoal”. D. José Policarpo diz que não compreende as razões invocadas pelo presidente da República quando anunciou a promulgação da lei. “O discurso levava a uma conclusão que depois não aconteceu. Temos muita dificuldade em ver como é que um veto político vinha prejudicar a crise económica. Aquela relação lógica causa-efeito a mim não me convenceu”, referiu o prelado. Dá até a entender que era altura de Cavaco pagar, mais uma vez, um (ou outro e outro) preço do voto católico. Continua “o argumento principal não era o da eficácia política, era um gesto dele como pessoa, como presidente que foi eleito pelos portugueses e pela maioria dos votos dos católicos portugueses, que se distanciasse pessoalmente: quando assinasse era mesmo porque tinha de ser e naquela altura não tinha de ser”.
Cem mulheres católicas dizem-se "desiludidas" com Cavaco Silva e abordam Bagão Félix. O movimento Mulheres Século XXI reabriu a questão presidencial no centro-direita – o espaço eleitoral afecto a uma recandidatura de Cavaco Silva. Santana Lopes entrou também na liça, aparentemente – tudo nele é aparente, como se sabe! - exclui-se da corrida, mas vai alimentando a ideia em artigos de opinião e no seu blogue. Dado que, pensando bem, não tem este último, o “perfil” de beatitude e homem de família desejado – apesar de ter muitas, o que conta aqui não é a quantidade! - Pedro Passo Coelho travou o delírio e evitou mais um estrago do próprio.
Após as primeiras reacções, a hierarquia da Igreja Católica remeteu-se ao silêncio, mas a "ferida" continuou aberta. "Estamos num grande drama, porque não sabemos em quem votar. Por isso propomos o dr. Bagão Félix, pois acredita nos valores da família", disse Thereza Carvalho, da Plataforma Cidadania e Casamento. Acusa directamente Cavaco Silva de "ter virado as costas à população católica" e vaticina mesmo que a opção que tomou no casamento gay "pelo politicamente correcto" terá custos eleitorais pesados. "Vai ter um efeito dominó na perda de votos", sustenta, confiando em que Bagão Félix repondere a sua decisão.
Foi feita, pois, uma clara ameaça. Não votam em Cavaco porque não e porque sim. Mas Bagão Félix calou-se e a Igreja deve ter entendido ser conveniente “jogar pelo seguro”. Vai daí que agora decidiu não se intrometer nas eleições presidenciais, segundo o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga. Sobre as campanhas em curso, com propostas de homilias, incentivando ao envolvimento da Igreja Católica nas eleições, D. Jorge Ortiga disse que são iniciativas de alguns católicos, no direito que têm de se manifestarem, mas que não correspondem a “uma atitude da Igreja em Portugal”.
Do início da novela até ao fim, “não bate a bota com a perdigota”, uns responsáveis e dirigentes da Igreja criticam Cavaco Silva e outros, também responsáveis e dirigentes da mesma Igreja, dizem que “não se metem”. Não me lembro de nenhum acto ou facto político em que a Igreja não tenha “metido a colher” e não me parece que vá começar agora.
Por acaso, o meu voto não depende nem é minimamente influenciado pela posição da Igreja, mas, por respeito aos que, pelo contrário, o são, lançaria aqui um apelo às odes eclesiásticas: já que tantas almas regem a sua vida, incluindo o exercício do direito de voto, pelas vossas ordens, decidam-se e …. falem a uma só voz!
Município de Rio Maior aprova termos de referência e delimitação da área.
Na última reunião do executivo da Câmara Municipal de Rio Maior, realizada a 21 de Julho nos Paços do Concelho, foram aprovados os termos de referência e a delimitação da área Plano Pormenor de Salvaguarda das Marinhas do Sal. Depois deste processo ter sido iniciado em 2006 e do mesmo não ter sido concluído, a Autarquia considerou que uma simples adequação e actualização dos termos de referência não seria suficiente, optando pela elaboração de novos e justificando a sua decisão pela alteração de designação de Plano de Pormenor para Plano de Pormenor de Salvaguarda, pela definição do perímetro e pela definição de calendarização e equipas intervenientes. A alteração da designação para Plano de Pormenor de Salvaguarda prende-se com o facto do património ser essencial na definição das políticas de ordenamento do território em zonas classificadas e com a elaboração de Planos de Pormenor de Salvaguarda procura-se integrar objectivos de valorização do património cultural, natural e edificado com as políticas de ambiente, planeamento e ordenamento do território.
A Presidente da Câmara Municipal de Rio Maior, Isaura Morais, afirmou que “o nosso património (neste caso concreto as Marinhas do Sal) são uma âncora, à semelhança do desporto, no nosso Concelho” adiantando, ainda, que a Autarquia irá dar o seu “apoio para se poder fazer desta zona, uma zona de excelência turística no Concelho”. Este Plano deve ser entendido numa perspectiva do desenvolvimento sustentável, em que os valores ambientais são salvaguardados em paralelo com a qualificação das componentes social e cultural da comunidade e tendo em consideração a viabilidade económica das medidas preconizadas.
Esta aprovação, por unanimidade, em reunião de Câmara definiu o seguinte: 1º 0 arquivamento dos termos de referência aprovados por deliberação de Câmara Municipal de 25 de Julho de 2006, justificado pelos motivos atrás invocados; 2° Aprovação dos Termos de Referência e decisão de elaboração do Plano de Pormenor de Salvaguarda das Marinhas do Sal, nos termos do RJG1T; 3° Estabelecer um prazo de 30 dias para a formulação de sugestões e para a apresentação de informações conforme disposto no N.° 2 do artigo 770 do RJGIT; 4° Solicitar à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional de Lisboa e Vale do Tejo o acompanhamento da elaboração do Plano; 5º Proceder à consulta das entidades competentes para emissão de parecer sobre o âmbito da avaliação ambiental e sobre o alcance da informação a conter no relatório ambiental (art. 5° do Decreto-Lei N.º 232/2007, de 15 de Junho); 6° Dar conhecimento ao IGESPAR e ao PNSAC do início da elaboração do Plano de Pormenor de Salvaguarda
A dirigente nacional do Partido Ecologista “Os Verdes”, Manuela Cunha, e membro do Grupo da CDU da Assembleia Municipal de Almeirim (AMA), enviou ao Presidente da Assembleia Municipal de Almeirim um pedido de informação e de documentação sobre os acontecimentos ocorridos nos últimos dias nas instalações do município de Almeirim.
No pedido de informação enviado, o Grupo da CDU da AMA solicitou confirmação quanto às diligências e buscas levadas a cabo por órgão de polícia criminal às instalações e serviços da Câmara Municipal de Almeirim nos dias 21 e 22 de Julho 2010. Pretende ainda saber se essas buscas se realizaram também em pessoas e se foram apreendidos objectos e documentos.
Tendo requerido à IGAL (Inspecção Geral das Autarquias Locais), há poucos dias atrás, informação sobre o estado do relatório definitivo da inspecção ao Município de Almeirim, decorrida no inicio do ano de 2009, a eleita de “Os Verdes” na AMA, Manuela Cunha, foi informada que o parecer final já tinha sido proferido e que tinha seguido, no dia 2 Julho, para despacho tutelar do Secretário de Estado. Face a esta informação, a CDU quer saber se o Presidente da Câmara Municipal recebeu o parecer final e se tem conhecimento se o despacho tutelar foi proferido, solicitando desde já cópias dos dois documentos, logo que cheguem ao Presidente do Executivo
O Rancho Folclórico “Quinta das Pinheiras”, do Centro de Recuperação e Integração de Abrantes, vai animar o fim de tarde, pelas 18 horas, no próximo sábado, dia 24 de Julho, em S. Lourenço.
Esta actuação surge no âmbito da Animação de Verão do espaço de S. Lourenço que decorre nos meses de Julho e Agosto, nas tardes de sábado que a organização pretende que sejam descontraídas e familiares e que contem com o envolvimento das associações locais.
O Rancho Folclórico “Quinta das Pinheiras” estreou em meados de 2006. É constituído por seis pares de dançarinos que são utentes do Centro de Actividades Ocupacionais do CRIA e pelas duas monitoras que os acompanham diariamente e que criaram este Rancho Folclórico, dando forma a um sonho destes jovens e adultos com deficiência.
Os trajes dos dançarinos e a elaboração da bandeira do Rancho contaram com o trabalho dos jovens que integram o grupo, cada um fez aquilo me melhor se adaptou à sua capacidade e hoje, orgulhosamente, desfilam com os trajes que para além das cores vivas também têm muito do seu esforço.
A socialização e a valorização das capacidades individuais de cada participante do Rancho são os objectivos desta aposta cultural do Centro de Recuperação e Integração de Abrantes.
FESTA EM HONRA DE Nª SRª DA PAZ – APOIO LOGÍSTICO.- O executivo camarário deliberou, por unanimidade. Dar o apoio logístico solicitado pela Comissão da Festa em Honra de Nª Srª da Paz para a realização da festa supra referida, a ter lugar nos dias 30 e 31 de Julho, 1,2 e 3 de Agosto: Ficou a ressalva relativamente ao abastecimento de água aos feirantes, para que os mesmos contactem a empresa “Águas do Ribatejo” para pedir um contador, à semelhança do que fazem com o pedido de luz à EDP. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE HIGIENE URBANA E SALUBRIDADE PÚBLICA DAS ZONAS URBANAS DE BENAVENTE, SANTO ESTÊVÃO E SAMORA CORREIA, INCLUINDO O PORTO ALTO – BALANÇO: O executivo camarário tomou conhecimento do balanço da prestação de serviços de higiene urbana e salubridade das zonas urbanas de Benavente, Santo Estêvão e Samora Correia, incluindo o Porto Alto, tendo em conta tratar-se de uma empresa nova a actuar no Município no âmbito deste trabalho. “Tendo, a prestação de serviços, iniciado a 25 de Maio do corrente ano, o mês de Junho foi ainda de adaptação às novas zonas que não estavam incluídas no anterior contrato, principalmente no que respeita à zona de Santo Estêvão. Deste modo, a grande preocupação da empresa prestadora dos serviços em crise, foi o combate das infestantes existentes em Santo Estêvão e em algumas zonas de Benavente (com particular destaque para a Urbanização Malhada dos Carrascos – Vila das Areias) e de Samora Correia/Porto Alto, tanto ao nível da monda química, como ao nível do corte propriamente dito. Durante as vistorias realizadas no âmbito do acompanhamento dos serviços em causa, verificou-se, de uma forma global para as três zonas de intervenção, que as artérias principais apresentavam um grau de limpeza bastante satisfatório, no entanto as artérias mais afastadas dos principais núcleos urbanos possuíam com um grau de limpeza bastante mais inferior, principalmente no que respeita à limpeza/remoção de areias e infestantes, tendo sido elaborado o respectivo relatório o qual foi, devidamente encaminhado para a SUMA. Verificou-se ainda a má execução do serviço por parte de alguns dos cantoneiros que efectuam a varração manual, uma vez que, limitam-se a apanhar os resíduos de maior volume e as folhas que se encontram caídas nos passeios e na via pública, em vez de os varrerem, propriamente, o que origina uma grande acumulação de areias. Para além desta situação, observam-se a falta de limpeza/remoção dos resíduos acumulados nas sarjetas e sumidouros, pelo que estas duas situações foram devidamente encaminhadas para os respectivos responsáveis. A empresa SUMA foi ainda, alertada para o facto de não estar a cumprir (ao dia 28 do mês referente ao presente relatório), com o número mínimo de cantoneiros exigidos para o serviço de varração manual em Santo Estêvão, o qual era de 5 cantoneiros, uma vez que apenas possuía, nos locais a intervencionar 2 cantoneiros (tendo os mesmos sido retirados dos cantões em Benavente, causando, assim, um incumprimento no número de cantoneiros dessa mesma zona). No dia 21 de Junho, a empresa iniciou, na zona de Samora Correia, o serviço de lavagem de contentores, tendo o mesmo sido realizado de uma forma satisfatória, ressalvando-se o facto de ao terceiro dia de trabalhos, a viatura de lavagem de contentores ter avariado, tendo o serviço sido retomado, no dia seguinte, sem registo de qualquer anomalia. Relatório mensal – Julho Durante o acompanhamento da prestação de serviços em causa, verificou-se de um modo geral e para as três zonas objecto de intervenção, a mesma tendência registada no mês anterior (…). No que concerne ao incumprimento registado no mês anterior, relativo ao número de cantoneiros afectos ao serviço de varração manual, na zona de Santo Estêvão (e consequentemente na zona de Benavente) fomos informados que a empresa está a contratar mais quatro pessoas, para que desta forma, possa colmatar a situação anómala registada. Relativamente, à lavagem de contentores de resíduos sólidos urbanos, a empresa iniciou a execução desse mesmo serviço em Benavente (no seguimento da realização da festa da Sardinha Assada), no inicio do mês tendo-se registado ao segundo dia de trabalho, uma deficiente lavagem nos contentores situados na Urbanização da Ribassor, situação essa que após contacto com os respectivos responsáveis, foi devidamente reposta, no entanto houve uma paragem desse mesmo serviço devido à avaria da viatura lava contentores, tendo o serviço sido retomado. A coordenadora do serviço municipal de higiene urbana e salubridade pública, CRIAÇÃO DE PASSAGEM PARA PEÕES – PORTO ALTO (SAMORA CORREIA): O executivo camarário deliberou, por unanimidade, aceitar a proposta do vereador Manuel dos Santos de criação de uma passagem para peões na Avª 25 de Abril, Porto Alto (Samora Correia). Na sequência da exposição feita por alguns moradores, em dia de atendimento, a 30-06-2010, ao Sr. Presidente da Câmara, solicitando para a Av. 25 de Abril, uma passadeira junto às suas residências, alegando a falta de segurança no atravessamento da via, vem o Vereador Sr. Manuel dos Santos, requerer a esta Divisão a elaboração de estudo para o local. Analisada a pretensão, efectuou-se visita ao local, constatando-se que: - A Av. 25 de Abril é um troço da Estrada Nacional 118, que atravessa a freguesia de Samora Correia. - É uma zona com um considerável número de habitações, bem como, a existência de paragens de autocarro com bastante circulação diária. - A artéria é larga, com 710m de extensão, aproximadamente, sendo convidativa aos utilizadores atingirem velocidades acima do permitido por lei, pondo em risco os residentes e transeuntes da via. - Grande distância que existe entre as duas passadeiras implementadas nas extremas da artéria. Efectivamente as duas passagens para peões ficam sensivelmente a uma distância de 620m uma da outra, dificultando o atravessamento da via e obrigando os moradores a percorrerem uma grande extensão, principalmente os que vivem a meio da artéria. - Após a análise do local, e tomando em consideração o exposto pelos munícipes, facilitando o atravessamento pedonal na faixa de rodagem, foi elaborada a seguinte proposta: - Implementação de uma passagem para peões a meio da artéria, com sinalização vertical adequada, de modo a proporcionar mais um atravessamento de peões na faixa de rodagem, ficando distanciada sensivelmente a 310m das passagens para peões existentes. - Sugere-se ainda que sejam implementadas bandas cromáticas (referência: M20 do R.S.T.), antecipando a passagem para peões em ambos os sentidos, de modo a alertar os condutores para a prática de velocidades reduzidas. CAMPANHA DE DESBARATIZAÇÃO NO MUNICÍPIO, SOBRETUDO EM SAMORA CORREIA: O vereador Manuel dos Santos informou o restante executivo que a empresa “Águas do Ribatejo” está a levar a cabo uma campanha de desbaratização, com grande incidência na freguesia de Samora Correia. Tendo em conta que a praga se tem alastrado (as baratas multiplicaram-se em grande quantidade), a Câmara Municipal esta a desenvolver os mesmos esforços e, em simultâneo, está a fazer uma desinfestação nos colectores de águas pluviais porque a situação é complicada. O Vice-Presidente pediu toda a atenção ao vereador Manuel dos Santos e aos serviços da Câmara Municipal para esta questão, porquanto têm sido muitas as reclamações e a insatisfação dos nossos Munícipes pela dimensão que este problema tem, sobretudo em algumas zonas de Samora Correia e até nos contactos com a população, importando informá-la de forma correcta sobre o que está a ser feito. FELICITAÇÕES AO JOÃO LOPES POR SER FINALISTA NO PROGRAMA DA SIC “ACHAS QUE SABES DANÇAR”: O vereador Manuel dos Santos felicitou o bailarino João Lopes pela sua excelente prestação no programa “Achas que Sabes Dançar”. “Num espectáculo com aquela dimensão é um orgulho para o nosso concelho termos um representante nas finais deste programa que é tão mediático. O vereador José d’Avó enalteceu as Danças de Salão de Benavente, onde dança actualmente o João, e considerou que esta conquista do João é importante para divulgar a dança e incentivar outros jovens para esta forma de expressão. Registou ainda o apoio que toda a comunidade tem dado ao jovem enquanto representante do nosso Município no concurso. A vereadora Ana Casquinha solicitou que a comunicação social pudesse fazer uma maior divulgação da excelente participação do João Lopes no programa, acrescentando: “Pela sua situação familiar e pela forma como tem crescido e como tem evoluído enquanto bailarino, era importante que conseguisse ganhar a viagem a Nova York. Seria um prémio para a humildade que tem demonstrado e um prémio pela forma como tem aceitado os revés da vida. Às vezes temos um sonho e não o podemos concretizar devido a situações adversas, que não estão nas nossas mãos resolver”. O Vice-Presidente manifestou o seu orgulho pelo trabalho do João Lopes. “Podemos constatar que um jovem de Benavente está em competição com outros jovens que tiveram acesso a outro tipo de escola na dança”. Carlos Coutinho lembrou que o trabalho do João “resulta em muito do trabalho das nossas colectividades, nomeadamente das danças de salão, mas importa dizer que, quer o CUAB, quer a AGISC, foram também espaços importantíssimos para a evolução do João na vertente de ginástica, que é uma base importante para a excelente prestação que ele está a ter. O João tem todo o mérito mas há aqui também o mérito de outras pessoas que estão nas colectividades a dar o seu melhor”. MEDIDAS PREVENTIVAS RELATIVAS AO NOVO AEROPORTO: O vereador Miguel Cardia informou que saiu no Diário da Republica a Resolução de Conselho de Ministros de 16 de Julho prorrogando por um ano, com efeitos retroactivos a 1 de Julho de 2010, as medidas preventivas estabelecidas pelo Decreto Lei nº19/2008 relativas ao novo aeroporto de Lisboa. “O governo tem grandes capacidades de fazer milagres porquanto ressuscita ao fim de 16 dias medidas preventivas que caducaram. É uma grande capacidade de ressuscitação indo além do que é humanamente possível. O nosso Município tem sido um rigoroso cumpridor das determinações e continuará a sê-lo”, disse. O Vice-Presidente acrescentou que não é ainda sabido até que ponto estas medidas preventivas e a sua prorrogação têm suporte legal, lamentando que o parecer da Câmara Municipal não tenha merecido acolhimento nas preocupações que a Câmara demonstrou, porque eram pequenas correcções que iam de encontro a algumas situações com que se confrontam os nossos Munícipes e não desvirtuava em nada o espírito das medidas preventivas. PERIGOSIDADE DO CRUZAMENTO DA AVª O SÉCULO COM A AVª EGAS MONIZ E RUA POPULAR (SAMORA CORREIA): O vereador José da Avó mencionou a perigosidade do Cruzamento da Avª O Século com a Avª Egas Moniz e com a Rua Popular, que foi alvo de mais um acidente de viação há dois dias atrás, felizmente só com danos materiais. “É um cruzamento muito perigoso, já temos pedido a instalação de semáforos e era importante isso acontecer, porque existem ali muitos acidentes, e o Plano de Contingência da Estrada Nac.118 parece não ir contemplar semaforização naquela zona. O Vice-Presidente informou que “esta tem sido uma questão abordada ao longo dos anos, não só pela perigosidade que apresenta o local, mas pelo o numero de veículos que circulam naquelas artérias e ainda a questão dos bombeiros e a necessidade do seu acesso rápido à Avª do Século. É efectivamente um assunto que temos abordado com a Direcção de Estradas de forma recorrente, mas não tem havido abertura para ali desenvolver qualquer tipo de solução e que podia muito bem passar pela semaforização”. Entretanto sabe-se que está em curso um processo para o Estudo de Mobilidade destes dois núcleos urbanos (Samora Correia e Benavente) “e será um estudo importante para virmos redefinir a reorientação do trânsito neste dois núcleos, já que seguramente estes serão elementos importantes para as diversas intervenções que irão ter lugar na Nac.118 e uma delas é no cruzamento da Avª O Século com a Rua Popular e a Avª Egas Moniz. O processo está em fase de lançamento de concurso, será um trabalho exaustivo que será fundamental, não só para reorganizarmos o trânsito em Samora Correia, mas para fazermos o estudo das ciclovias, por exemplo. ACESSOS AO CENTRO ESCOLAR DE SAMORA CORREIA: A vereadora Ana Casquinha questionou se a proposta relativamente aos acessos ao Centro Escolar de Samora Correia já está elaborada. Na resposta, o Vice-Presidente disse que esta questão está a ser tratada pelos serviços da Câmara Municipal. “Há projectos preparados e vão ser implementadas soluções para se resolver esta questão que é considerada prioritária. No entanto, lembrou que a atitude de alguns Encarregados de Educação, quando vão buscar os filhos ao Centro Escolar não é a melhor porque estacionam mesmo junto ao portão da escola, atrapalhando mesmo a saída dos alunos com os pais. A GNR já foi sensibilizada para que discipline esta situação que não é de todo aceitável porquanto até há bastante espaço para o estacionamento”, lamentou. JARDINS SEM DEJECTOS CANINOS, FRUTO DA FALTA DE CIDADANIA: A vereadora Ana casquinha considerou ser muito agradável ver o resultado final da implementação do jardim junto à Urbanização dos Pilares, em Samora Correia e no acesso à Urbanização das Oliveirinhas, o mesmo se podendo dizer do jardim situado entre a Rua Isabel Alemão e a Rua Manuel Gaspar, “ que está excelente. No entanto, as pessoas continuam a levar os cães para esses espaços e fazer deles wc para animais, tornando-os impróprios para as crianças”, lamentou. O Vice-Presidente disse a propósito que aquele espaço tem dimensões muito generosas e que pelo seu enquadramento e a sua propensão, é ideal para ser usufruído pelas crianças e pelas famílias. Efectivamente, disse partilhar das preocupações apresentadas pela vereadora que uma vez mais estão relacionadas com a falta de cidadania e com os valores de cada um. “Existem ali um conjunto de terrenos que não estão tratados e que os animais podem usar”, disse acrescentando ter já pedido que sejam tomadas medidas no sentido de existirem mais Campanhas de Sensibilização, apesar de algumas terem sido mal sucedidas. “Nós colocamos nos dispensadores os sacos para que as pessoas apanhem os dejectos dos animais e uma hora depois já desapareceram os sacos. É preciso insistir e sensibilizar”, reforçou. No contacto com os moradores o Vice-Presidente disse já ter sugerido que exista por parte dos utilizadores uma acção de fiscalização, podendo assim criar algum constrangimento perante quem tem estas atitudes. “Se todos nos revoltarmos contra estas más práticas, vamos contribuir para que as coisas se alterem aos poucos. A nossa contribuição, enquanto cidadãos, pode fazer com que os problemas se resolvem. Se os prevaricadores sentirem que fazem parte de uma minoria vão-se sentir mal e mudar o seu comportamento. Para além disso teremos a sinalização adequada e a fiscalização por parte dos serviços”, finalizou.
Artigo de Opinião
Por: Anabela Melão
Interrogo-me porque será que aos quarenta e sete anos resolvi enveredar pela militância política.
Importa recordar que estive sempre ligada a carreiras (Inspecção-Geral de Finanças e Tribunal de Contas, designadamente) que – diziam – obrigavam a um comportamento particular e exigiam redobrados cuidados em matéria de ética.
Tudo a propósito de, hoje, se avaliar, ao pormenor exorbitante e decadente até, a vida de quem se dedica à política ou simplesmente exerce um cargo público.
Fala-se muito de ética e de legalidade e coloca-se tudo numa só amalgama. O resultado é que se ouve dizer que fulano praticou um crime, mas depois se diz que, afinal, era um mero ilícito administrativo. Que cometeu esta e aquela ilegalidade e depois se conclui, afinal, pela inexistência de provas para a sua condenação.
A justiça despreza a ética e esta não coincide – segundo se vê – necessariamente com a justiça.
Comunicar aos amigos e à família que se pretende abraçar uma carreira política deve ser dos gestos mais mal vistos que imagino. (No fim de velha, cansou-se de ser séria!) Creio que os crentes me vêm já a caminho do Inferno eu que sempre fui tida como uma provável candidata, no mínimo, ao Purgatório! Há um desconforto que me faz sentir, como que…. inadequada! (Que é feito dos valores e princípios que defendia? Que foi que me passou pela cabeça? Não vais durar muito no meio dos tubarões (eu, tipo golfinho!)). Dou comigo como “peixe fora d’água”. (Ai filha, mas a que propósito!? “Aquilo” não é para gente como “nós”! Endoideceste?! Mas aonde é que te vais meter?)
Só posso ter esperança que a classe política consiga devolver ao povo uma imagem minimamente credibilizadora e acredito que isso só se conseguirá afirmando o primado das ideias e dos valores e combatendo a mediocridade que grassa nas sociedades de massas.
Estar ou ir para a política é meio caminho andado para nos rotularem de bandidos, de vigaristas, de corruptos e um rol infinito de adjectivos menos agradáveis. O poder político tem permeabilizado o enriquecimento ilícito de alguns. E tem de se reconhecer que a imprensa tem um papel fundamental na denúncia de comportamentos tipificados como crime ou ilícitos. Evidente é também que os cidadãos, num Estado de Direito, têm o direito a serem livremente informados de toda a verdade, doa ela a quem doer.
Mas, de cada vez que os tribunais não criminalizam e as sentenças ilibam – tantos e tantos – supostos criminosos, há que indagar se a liberdade de expressão não estará em vias de deixar de ser o bastião defensivo da democracia e de se transformar, tão-somente, em mais um elemento mais corrosivo da própria democracia. O efeito não podia ser mais nefasto e previsível – afasta-se da política quem com ela queira servir. E ficam, para além de por terra a honra de quem foi mal dito e falado, os discursos extremistas e demagógicos, semeando falsas insinuações e acusações. Tudo para alimentar objectivamente a descrença do cidadão comum nas instituições democráticas.
São as "frases assassinas", com um jornalista da CNN, Anderson Cooper, já lhes chamou.
Como se pode apelar à intervenção e a uma democracia participativa do mero cidadão, se a imagem dos políticos “está pelas ruas da amargura”!? Se não se repensarem os limites da liberdade de expressão e se estes persistirem em se esfumar quando se trata de sindicar a vida dos políticos, como se conseguirão aliciar as novas gerações, provindas de gente de bem e com honra, para a carreira política? E se não há democracia sem políticos e sem partidos políticos, há que reconhecer que os políticos têm tanto direito à honra como tem qualquer cidadão comum. Que “as línguas de trapos” têm de se controlar porque “fazer sangue” só porque o alvo faz vender jornais, não tem qualquer tipo de justificação. Até porque, em última instância, quanto mais se falar e menos se provar, mais todos pagaremos avultadas indemnizações aos visados. E essa ligeireza de atitudes e acusações redundarão, não esqueçamos, em pedidos de indemnizações por “erro judiciário”, “falta de prova”, “indícios insuficientes”, e outras causas excluidoras de culpa. E saem de onde? Nem mais nem menos, do que … dos nossos bolsos. A mim também me parece haver por aí algo de enti-ético.