NOTICIAS DO RIBATEJO EM SUMARIO E ACTUALIZADAS PERIODICAMENTE -
"A Imparcialidade Na Noticia" -
UMA REFERÊNCIA NA INFORMAÇÃO REGIONAL -
Por: Catarina Betes
A propósito do Dia do Professor
Ao longo dos anos tenho tido a sorte de conhecer e trabalhar com pessoas incríveis.
Poderia dizer “profissionais”, mas eu tenho esta regra estúpida, de que, se não somos boas pessoas, não somos bons profissionais.
O ensino, nos dias de hoje, por mais que alguns autoentendidos, façam o favor de o desconsiderar, é muitas vezes, um ato cansativo, desgastante, que nos tenta atirar demasiadas vezes ao chão. O que não quer dizer que o professor caia. Derrapa um bocadinho.
Acredito francamente que, o que determina o que fazemos, não pode estar dissociado do que somos. Se trabalhamos com dedicação, essa dedicação, mais cedo ou mais tarde, é-nos devolvida. Se o fazemos com entrega, acabamos por receber o fruto que atiramos à terra.
E se temos a sorte de trabalhar com sentido de humor, relativizando situações, priorizando-as, e, muitas vezes, rindo das mesmas, então…, alcançamos o Céu.
Nem sempre a recompensa é visível aos nossos olhos. Por vezes só o percebemos mais tarde, com os olhos da alma. E então, o reconhecimento dá-se. Porque percebemos a diferença.
Entre o bom e o mau, entre andar ou ficar parado.
Trabalha-se muito e bem nas escolas, embora por vezes isso passe totalmente despercebido.
Em todas as áreas profissionais existem dificuldades. Quer sejam humanas, materiais, persistem sempre lacunas. Mas cabe aos grupos de profissionais (e a cada um, porque ninguém existe sozinho!), atenuá-las. E essa atitude, marca a diferença. Porque um trabalho em equipa tem sempre mais valor que um trabalho a “solo”. Porque quando se empreendem dissemelhantes esforços, num mesmo sentido, o produto final é sempre surpreendente.
Ser professor nunca será simples.
O principal é avançar, jamais ficar parado. Criar permanentemente novos desafios, que nos distanciem do supérfluo e da corrente negativa a que nos tentam constantemente encaminhar. Aprender a olhar para o outro e entender que não estamos sozinhos, partilhar o que nos sobra e acolher com humildade o que nos falta. Porque nem tudo está nos livros. E rir.
Porque como alguém disse, não se pode ensinar uma criança a sorrir, se o nosso olhar for infindavelmente sério.