Edição de 2013 encerrou no dia 27 de julho com canoagem e juntou em Valada mais de 60 participantes
O Programa Cartaxo Aventura 2013 chegou ao fim no passado dia 27 de julho, após ter proporcionado um conjunto de atividades desportivas e de contacto com a natureza, durante algumas manhãs de sábado dos meses de junho e julho.
Promovido pelo município, este Programa de Desporto de Natureza e Ar Livre tem registado ano após ano um número crescente de participantes, tendo esta edição de 2013 sido a mais participada desde que o programa surgiu, em 2009.
A canoagem, por ser a atividade que desperta maior interesse, e consequentemente, maior número de inscrições, é a que abre e encerra o programa. No passado sábado, cerca de 60 pessoas tiveram oportunidade de remar nas águas calmas do rio Tejo, usufruindo da beleza da paisagem ribeirinha.
Entre os participantes nas diversas atividades, encontram-se cada vez mais pessoas fora do concelho do Cartaxo, sobretudo da zona de Lisboa, Sintra ou Mafra. Foi, por exemplo, o caso de Sandra Miranda e Nelson Rosário, que no passado sábado se deslocaram de Lisboa até Valada para andar de canoa.
“É a primeira vez que venho a Valada e estou a participar nesta atividade porque tive conhecimento dela através de um colega de trabalho, que mora aqui perto”, explicou Sandra, que já antes havia praticado canoagem e viu nesta iniciativa da Câmara “uma ótima oportunidade para repetir a experiência”.
Nelson estreou-se nesse dia a andar de canoa e a impressão que tinha “é que parece mais fácil do que é”. A maior dificuldade que sentiu foi conduzir a canoa em linha reta, mas pouco tempo depois “apanha-se o jeito e é muito bom”, considerou.
Sandra e Nelson ficaram com vontade de regressar a esta zona ribeirinha do concelho, sobretudo porque “é bastante agradável e consegue-se aqui uma grande sinergia entre o rio e a aldeia”.
A andar de canoa neste dia estiveram também alguns elementos do Grupo de Escoteiros n.º 72 do Cartaxo. A chefe Alexandra Duarte explicou que “o grupo tem a preocupação de oferecer um conjunto diversificado de atividades e temos tentado aproveitar estas iniciativas para integrar no nosso programa, sobretudo porque é uma forma de nos aproximarmos e nos relacionarmos com a comunidade”.
Mariana Oliveira, de 10 anos, está desde novembro nos escuteiros, e ainda que já tenha feito canoagem, gostou muito de repetir a experiência. A principal dificuldade continua a ser coordenar os movimentos enquanto está a remar. Desde que está nos escuteiros, que Mariana tem tido oportunidade de conhecer e praticar um vasto conjunto de atividades, que “são muito divertidas” e que vão ao encontro da dinâmica do escotismo: “aprender a ser mais autónomo”, frisou Mariana.
Além da canoagem, a edição de 2013 do Programa Cartaxo Aventura proporcionou também caminhada, rapel, batismo de mergulho e BTT. A inscrição nas atividades é gratuita e inclui enquadramento técnico, logístico e seguro de acidentes pessoais.
MARIA VIEIRA ESTEVE À CONVERSA NO CARTAXO
A conhecida e divertida atriz foi a convidada de José Raposo para a habitual tertúlia do CCC, que se realizou no dia 28 de julho
A atriz Maria Vieira esteve no Centro Cultural do Cartaxo (CCC) na noite de 28 de julho, a convite de José Raposo, na habitual tertúlia “José Raposo Convida”.
Alegre, simpática e bem disposta, Maria Vieira contou histórias, anedotas e confidências, ao longo de uma conversa em torno da sua sólida carreira no teatro e na televisão.
Aos 24 anos, Maria Vieira estava longe de pensar que um dia pudesse vir a ser atriz. O seu sonho era ser bailarina, mas “o bailado era para ricos”. O seu pai sentiu “um grande desgosto” por não poder proporcionar à filha a concretização desse sonho. Era um homem que adorava teatro, e por influência dele, Maria Vieira começou a subir ao palco a partir dos 6 anos.
Até aos 24 anos, Maria Vieira nunca pensou na hipótese de fazer da representação uma carreira profissional. “Ser ator era impensável, para mim era algo inatingível”, revelou. Mas um anúncio no jornal Sete a divulgar audições para o Teatro Adóque fê-la arriscar.
“Faltei ao trabalho, mesmo arriscando perder o emprego e não preparei nada. A dançar portei-me lindamente, a cantar não desafinei e quando me pediram para representar entrei em pânico. Contei uma anedota e no final o Francisco Nicholson disse-me que eu tinha qualquer coisa e então fiquei no elenco”, contou Maria Vieira.
Como atriz, não poderia ter começado melhor. A própria audição mereceu-lhe de imediato uma página no jornal Sete, com uma grande fotografia e o título “Nasceu uma estrela no Teatro Adóque”.
A sua interpretação na peça em que se estreou, “Paga as Favas” (1981), valeu-lhe o Troféu Nova Gente como Revelação do Teatro Revista, tendo no ano seguinte sido agraciada com o Prémio da Imprensa para Teatro Ligeiro.
A partir daí nunca mais parou. Na televisão, colaborou com Júlio Isidro no programa “Festa é Festa” e consolidou uma longa relação profissional com Herman José, participando em vários programas apresentados pelo humorista. Teve também oportunidade de participar em duas telenovelas de Miguel Falabella: “Negócio da China” e “Aquele Beijo”.
No teatro, além de Francisco Nicholson, trabalhou com encenadores como Filipe La Féria, Fernando Gomes, António Pires e Mário Viegas.
No ano passado, Maria Vieira foi convidada por Rúben Alves para participar no filme “A Gaiola Dourada”, que irá estrear nas salas de cinema portuguesas a 1 de agosto. Para a atriz, este filme – que foi o filme francês mais visto nos últimos 10 anos em França – “dá-nos esperança para voltarmos a amar o nosso país”.
Maria Vieira diz-se “zangada e amuada” com Portugal e que, perante o cenário de dificuldades, “acomodámo-nos demasiado, estamos a aceitar demais”.
Além deste filme, que lhe deu muito prazer, Maria Viera sente-se também muito feliz pelo sucesso que “A Grande Revista à Portuguesa”, de Filipe La Féria, está a ter, e na qual também está a participar.
“A revista está a esgotar, mesmo à quarta-feira. Penso que a crise nesse aspeto até nos está a facilitar a vida, porque as pessoas precisam de desanuviar e procuram a revista para esquecer o cansaço e os problemas”, considerou.
Maria Vieira revelou que, ao longo da sua carreira, sempre sentiu necessidade de se apaixonar pelos projetos em que participa. “Só consigo trabalhar assim, com o coração. Esta profissão só se consegue fazer com amor. Quem procura esta profissão pela fama, vai desiludir-se porque ela vai e vem, se for pelo dinheiro também desengane-se, porque é tudo muito incerto. Temos sempre de procurar algo que nos encha o coração”, defendeu.
FINALISTAS MISS REPÚBLICA PORTUGUESA VISITARAM O CONCELHO DO CARTAXO
As candidatas passaram o dia 27 de julho no concelho e à noite foram eleitas as três finalistas Miss Elegância
As finalistas do concurso Miss República Portuguesa 2013 visitaram o concelho do Cartaxo no dia 27 de julho.
Recebidas em Valada pelo presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, Paulo Varanda, e pelo presidente da Junta de Freguesia de Valada, Manuel Fabiano, as candidatas ao título começaram o dia com uma prova de canoagem no rio Tejo, integrada nas provas oficiais para eleição da Miss Desporto.
Paulo Varanda, presidente da Câmara Municipal, deu as boas-vindas às 18 candidatas que participam no concurso e fez uma breve apresentação do concelho, destacando as características rurais e urbanas do território, a “garra dos cartaxeiros” e a importância da atividade agrícola.
“Temos dos terrenos mais férteis do país, somos o maior produtor de tomate nacional e o 2.º da Europa, isto graças às gentes ligadas à terra, que estão sempre prontas a arregaçar as mangas”, reforçou Paulo Varanda.
O presidente do Município revelou ainda que “foi uma honra para o concelho” receber as candidatas ao título de Miss República Portuguesa, e proporcionar-lhes um dia de convívio, de partilha e de contacto com a cultura e as tradições locais.
Receber uma etapa deste importante concurso de nível nacional numa altura em que Valada se despede dos cerca de 1200 jovens escuteiros – que durante uma semana acamparam na zona ribeirinha, por ocasião do IX Acampamento Regional – é para Manuel Fabiano, presidente da Junta de Freguesia, “um sinal de que Valada tem muitos atrativos, a começar pela beleza e ar fresco que o rio Tejo nos oferece”, frisou.
Isidro de Brito, presidente do Conselho Executivo da Miss e Mister República Portuguesa, explicou que, após uma primeira fase de castings, as finalistas estão agora a realizar um estágio, que começou a 17 de julho e que culmina com a gala final, no dia 3 de agosto, em Sintra.
Este estágio procura proporcionar um programa diversificado de atividades às concorrentes, contemplando a passagem por vários municípios. “Neste processo de preparação das futuras embaixadoras de Portugal, é para nós muito importante dar uma visão do nosso território e dar a conhecer as suas especificidades e cultura,”, frisou Isidro de Brito.
A manhã esteve reservada para o desporto e a tarde para a cultura e as tradições
Em Valada, as candidatas prestaram uma prova de canoagem individual, cujo trajeto ligava a praia ao cais da fluvina, onde se encontrava um cesto tradicional de vindimas, do qual as candidatas retiravam uma medalha, regressando depois novamente à praia.
A eleição da Miss Desporto envolve provas noutras modalidades, designadamente karts, natação e golfe.
Durante a tarde, as candidatas visitaram o Monumento alusivo à Batalha de Ourique, o Museu Escolar e o Museu Rural e do Vinho do Concelho do Cartaxo.
Este dia de estágio culminou com uma gala na Discoteca Horta da Fonte, onde foram eleitas as três finalistas Miss Elegância: Ana Afonso (18 anos), Fátima Rodrigues (20 anos) e Gilda Silva (18 anos).
No dia 3 de agosto será anunciada a Miss República Portuguesa, que vai representar Portugal no concurso Miss Mundo.
VILA CHÃ DE OURIQUE EM FESTA
Os Festejos em Honra do Senhor Jesus dos Aflitos começaram no dia 26 e terminam esta segunda-feira
Desde o início do século XX que no último fim-de-semana do mês de julho Vila Chã de Ourique celebra a festa em honra do seu padroeiro, Senhor Jesus dos Aflitos.
Organizada por uma comissão designada de “Os Cinquentões” – formada pelos habitantes que completam 50 anos em 2013 – esta festa começou na passada sexta-feira e chega hoje ao fim.
O desfile entre o Largo do Gil e o recinto das festas, no qual participaram a comissão organizadora, o presidente e o vice-presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, o presidente da Junta de Freguesia, representantes das coletividades locais e a Fanfarra dos Bombeiros Municipais, marcou o início dos festejos.
Na sessão de abertura, Paulo Varanda, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, frisou que esta festa prova que “aos 50 anos a energia, o vigor, a força e a união existem de uma forma sólida e muito bonita”. Os 27 elementos da comissão organizadora concentraram-se no recinto de mãos dadas e fazendo um círculo, uma atitude que Paulo Varanda enalteceu por demonstrar que “só unidos se consegue vencer as dificuldades e atingir os objetivos”.
Pelo trabalho que desenvolveram ao longo de um ano para manter esta tradição na freguesia, e pelo facto de Vila Chã de Ourique ter sido palco de uma das mais importantes batalhas da história de Portugal, Paulo Varanda apelidou os Cinquentões de “verdadeiros guerreiros”, acrescentando que “é assim que nos temos que afirmar, unidos para vencer os obstáculos”.
O presidente da Junta de Freguesia, Luís Nepomuceno, reconheceu o esforço e dedicação acrescidos que os Cinquentões tiveram, perante o momento de dificuldades que se atravessa, e agradeceu às diferentes comissões que nos últimos anos têm mantido vivos os festejos e valorizado o espaço do arraial.
As comissões organizadoras que têm organizado a festa têm vindo a marcar a sua passagem fazendo melhoramentos no recinto de festas. A comissão de 2013 já trabalhou nesse sentido, tendo procedido ao acabamento dos pilares laterais do pavilhão e à colocação de ar condicionado no edifício. Para concretizar esses objetivos, foi determinante o apoio das empresas locais.
Organizar a festa exigiu “muito trabalho e dedicação”
Horácio Nunes é o juiz dos festejos de 2013 e demonstra “um grande orgulho” por fazer parte deste grupo de pessoas que, abnegadamente, trabalha para manter viva esta tradição na terra.
O juiz da festa assegura que “fizemos tudo o que estava ao nosso alcance para preparar uma festa que agradasse à população” e ainda se propuseram a fazer um novo projeto: um livro que, além de divulgar a programação e os patrocinadores dos festejos, contém um conjunto de informações históricas sobre a festa, a freguesia e seus monumentos, as coletividades, a fundação da paróquia, a Batalha de Ourique e o concelho do Cartaxo.
Horácio Nunes revelou também que os Cinquentões estão “muito gratos à população e às empresas”, que deram um importante contributo para a realização da festa.
Programa musical foi pensado para agradar a todos os gostos
A primeira noite, sexta-feira, ficou marcada pela atuação da Orquestra de Acordeões do Cartaxo e o espetáculo do cantor Sérgio Rossi.
A noite de sábado foi “a grande aposta” da comissão organizadora, que escolheu o cantor Luís Filipe Reis para animar o arraial. Foi também na tarde de sábado que a organização introduziu uma nova atividade – um espetáculo de freestyle.
No domingo houve passeio de BTT logo pela manhã e uma Mostra de Artesanato. À tarde realizou-se a missa, seguida de procissão, e à noite atuaram o Rancho Folclórico Os Campinos de Vila Chã de Ourique e o grupo de concertinas desgarradas Sons do Minho.
No dia de hoje, segunda-feira, o principal atrativo acontece ao almoço e já é uma tradição destes festejos – o tradicional Cozido à Portuguesa, que todos os anos junta à mesa entre 300 a 400 pessoas.
As atuações de Mário Carreira, num tributo a Tony Carreira, e Gritos Mudos, num tributo a Xutos & Pontapés, encerram os festejos de 2013.