PRESIDENTE DA CÂMARA DO CARTAXO – PAULO CALDAS – PROPÕE NOVAS MEDIDAS PARA EQUILÍBRIO DAS CONTAS PÚBLICAS (a vigorar durante 2010, 2011 e 2012)
· CORTE DE 5% NOS SALÁRIOS DOS POLÍTICOS DEVE ESTENDER-SE A TODOS OS NOMEADOS POLÍTICOS – directores-gerais, subdirectores-gerais, lugares de confiança política na administração central e local, lugares nomeados na administração de empresas públicas
· CORTE IMEDIATO DE 50% NAS DESPESAS CORRENTES E SUPÉRFLUAS DOS MINISTÉRIOS – viaturas, motoristas e assessorias
Na abertura da Presidência Activa que Paulo Caldas promoveu no concelho do Cartaxo, no dia 26 de Julho, sob o tema “Desenvolvimento Económico – Apoio às Empresas e ao Emprego”, foram explanadas pelo Presidente da Câmara duas propostas concretas que permitiriam “conter a despesa pública de forma efectiva e evitar outro Plano de Austeridade por parte do Governo”.
O autarca começou por defender o alargamento do corte nos salários dos políticos eleitos - de 5% - a todos os cargos de nomeação política, quer na administração central e local, quer nas empresas de capitais públicos.
“De outro modo esta medida não passará de retórica”, afirmou Paulo Caldas reforçando que “falo dos adjuntos, dos chefes de gabinete, dos assessores, das centenas de cargos de nomeação política, ocupados por pessoas que têm vencimentos muito elevados e que deveriam também ser chamados a contribuir para a contenção da despesa”.
O Presidente da Câmara do Cartaxo considera que este alargamento poderá transformar o que é apenas um exemplo e uma medida simbólica numa efectiva medida de contenção que, associada a outras decisões – como a redução dos gastos ministeriais com viaturas “de luxo e dezenas de motoristas – sendo que alguns secretários de estado chegam a ter, ao dispor do seu gabinete, mais de duas viaturas e três ou quatro motoristas”.
Paulo Caldas afirmou que “com o desemprego actual, num país onde se vive com tantas dificuldades, com famílias inteiras sem qualquer rendimento, ou a viverem com 200 ou 300 euros mensais, estes gastos são pornográficos”.
O edil considera que “este é o momento certo para o fazer, uma vez que é necessário cortar a sério no que não é essencial, porque seria um contributo efectivo e justo para o País enfrentar a crise – trata-se de muitos milhões de euros de diminuição de despesa -, e porque temos as condições políticas para o conseguir – com a possibilidade de um consenso político alargado”, afirmando que “se estas medidas não forem tomadas, o País não pode entender os sacrifícios que lhe são pedidos e terão de ser tomadas mais medidas de contenção que recairão sobre o pequeno contribuinte e que impedirão qualquer investimento público produtivo e dinamizador do tecido económico.
Com estas medidas os portugueses entenderiam melhor o país em que vivemos e o esforço que todos temos de fazer para ultrapassar as dificuldades do presente”.