A Câmara de Almeirim decidiu arredar uma parte das instalações do Lezíria Retail Park na zona industrial da cidade para instalar provisoriamente o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS). A autarquia vai pagar uma renda de 2.500 euros mensais pelo espaço com 450 metros quadrados, prevendo-se que o contrato de arrendamento se prolongue pelo menos pelo período de um ano e meio. Tempo que vai levar até que fique construído o edifício para albergar os serviços em dois lotes da câmara cedidos para o efeito.
Esta foi a solução encontrada para concentrar rapidamente na cidade o CDOS, que actualmente funciona repartido por instalações em Santarém (serviços administrativos e técnicos) e Tomar (central de operações). O Lezíria Retail Park é propriedade da Tiner S.A., do empresário da Chamusca António Marques Varela, e foi construído há sete anos para albergar empresas da área do comércio a retalho. Mas até agora as instalações têm estado fechadas sem qualquer tipo de utilização. Na edição de 18 de Abril de 2007 de O MIRANTE a administração da empresa reconhecia a dificuldade em captar inquilinos, mas assegurava que estava a fazer uma nova promoção do retail park e que tinha intenção de abrir o Lezíria até final desse ano. O que não aconteceu.
Segundo o vereador da Protecção Civil da Câmara de Almeirim, Pedro Ribeiro (PS), está previsto o CDOS começar a funcionar nestas instalações até final de Setembro. Garantindo que a construção do novo edifício vai demorar cerca de um ano e meio, acrescentando que a Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC) já começou a fazer os levantamentos topográficos no terreno. Esclarece ainda que há um projecto tipo para a construção destas instalações que vai ser adaptado às características dos lotes cedidos em direito de superfície por um período de 50 anos pela autarquia à ANPC.
A decisão de arrendar as instalações foi aprovada pelo executivo camarário na quarta-feira, com o voto contra do vereador Francisco Maurício, eleito pelo PS mas incompatibilizado com o presidente da câmara, Sousa Gomes. O vereador questionou porque é que o serviço não era instalado nas antigas instalações dos bombeiros da cidade onde funcionou o antigo Centro Coordenador Operacional Santarém Ribeirinho. Mas o vereador esqueceu-se que quando este centro e o de Santarém Norte foram desmantelados para dar lugar ao CDOS as instalações já eram exíguas para as exigências operacionais.
«O Mirante»