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Quarta-feira, 27 de Outubro de 2010
A Candidatura de Cavaco Silva

 

 EXPERIÊNCIA E CONHECIMENTO PELO FUTURO DE PORTUGAL

 

Quero anunciar aos Portugueses que, depois de uma profunda reflexão, decidi recandidatar-me à Presidência da República.

Uma decisão como esta nunca é fácil de tomar.

Quis que a minha mulher, que sempre esteve ao meu lado nos momentos importantes da minha vida, a partilhasse comigo. Havia razões pessoais e familiares a ter em conta, mas havia também o meu sentido de responsabilidade e as ambições que tenho para Portugal.

Perante a situação extremamente difícil em que Portugal se encontra, perante as incertezas e até angústias sentidas por muitos portugueses, concluí que tinha o dever de me recandidatar à Presidência da República.

Decidi candidatar-me, sabendo que, com a minha experiência e com os meus conhecimentos, posso ajudar o País a encontrar um rumo de futuro e vencer as dificuldades com que está confrontado.

Submeto-me, pois, ao julgamento soberano dos meus concidadãos. Faço-o com humildade e confiança.

Sei que posso ser útil a Portugal e aos portugueses. Move-me a consciência da gravidade dos problemas que todos temos pela frente.

 A minha campanha será sóbria e contida nas despesas.

Dei indicações para que a despesa total da minha campanha não ultrapasse metade do valor que é permitido pela lei actualmente em vigor.

Não colocarei um único cartaz exterior (os chamados “outdoors”).

Sei que isso me pode prejudicar face aos outros candidatos. Mas, quando tantos sacrifícios são exigidos aos portugueses, os agentes políticos devem dar o exemplo. Não me sentiria bem com a minha consciência gastando centenas de milhares de euros com a afixação de cartazes.

A dignidade estará sempre presente na minha campanha. Ao longo da minha vida pública sempre considerei que a elevação e o respeito são essenciais para que os portugueses confiem nos seus representantes.

Em nenhuma circunstância me deixarei arrastar para uma linguagem imprópria de um candidato a Presidente da República. A dignidade de Portugal está primeiro.

 O cargo de Presidente da República é particularmente exigente e já demonstrei que sei exercê-lo com benefício para Portugal.

Pela minha formação e pela experiência que tenho da vida pública, conheço em profundidade os assuntos de Estado, a situação económica do País e as dificuldades que os Portugueses vivem no seu dia-a-dia.

Conheço a realidade internacional, em particular o quadro da União Europeia em que nos situamos.

Vivemos uma situação internacional muito complexa.

Cabe ao Presidente da República representar externamente a República com dignidade e sentido de Estado. De um Presidente exigem-se as competências necessárias para defender os interesses de Portugal nas reuniões com outros chefes de Estado, com membros do Governo ou outros agentes políticos de países estrangeiros, com organizações internacionais.

A imagem e a credibilidade do País e a confiança que suscita no exterior são da maior importância nos tempos que correm.

Nos termos da Constituição, o Presidente da República é o Comandante Supremo das Forças Armadas. Cabem-lhe funções da maior relevância, principalmente num tempo em que estão em curso profundas transformações na instituição militar e em que centenas de militares portugueses cumprem missões no exterior do território nacional, em zonas de conflito situadas em três continentes.

Ao Presidente da República exige-se capacidade para acompanhar atentamente os complexos assuntos de Defesa Nacional.

Portugal precisa de um Presidente que contribua para a coesão, dignificação e prestígio das Forças Armadas.

O meu conhecimento da realidade da instituição militar e o respeito que esta instituição sempre me mereceu, desde que tive a honra de a servir, permitiram-me desenvolver uma relação estreita e leal com as Forças Armadas e promover o reconhecimento do seu valor pela sociedade civil e pelos cidadãos em geral.

 Nos termos da Constituição, cabe também ao Presidente da República assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas.

Exige-se de um Presidente isenção e imparcialidade perante as diversas forças partidárias, de modo a favorecer o diálogo, a negociação e a procura de consensos. Para exercer esta função, o Presidente tem de ser visto como um árbitro independente, tem de ser uma personalidade responsável e credível. Só assim poderá actuar como moderador da vida nacional, como amortecedor de conflitos e como garantia de segurança do sistema político em caso de crise grave.

Exige-se ao Presidente da República bom senso, realismo, serenidade e ponderação, que não ceda à tentação fácil do palco mediático. Muitas vezes, um Presidente deve actuar com discrição e reserva para que a sua magistratura de influência possa produzir resultados efectivos.

Um Presidente da República que faça uma leitura séria e responsável dos seus poderes deve empenhar-se na promoção da estabilidade e na afirmação de uma cultura de diálogo e de compromisso por parte das forças políticas e dos agentes económicos e sociais. Estas exigências são particularmente intensas nos tempos difíceis em que vivemos.

O Presidente da República é a principal referência do País e, por isso, a sua conduta tem de ser exemplar do ponto de vista do rigor, da competência e da responsabilidade.

A transparência tem sido uma das marcas do meu mandato. Qualquer cidadão tem acesso à informação atempada e objectiva sobre a minha actividade, pode consultar as minhas declarações e intervenções públicas, analisá-las, discuti-las e avaliar a coerência das minhas posições.

É importante que os portugueses saibam bem quais os poderes e competências que a Constituição atribui ao Presidente da República, para que possam avaliar com seriedade e rigor as suas posições, ideias e atitudes.

 A função presidencial exige ainda a análise e fiscalização dos diplomas aprovados pela Assembleia da República e pelo Governo e o acompanhamento permanente da actividade do Executivo. Trata-se de uma tarefa de grande responsabilidade, que exige conhecimento dos mais variados assuntos de Estado, ponderação, bom senso e dedicação ao trabalho.

Os Portugueses conhecem-me como um homem de trabalho, que estuda e analisa profundamente os problemas, tendo em vista o superior interesse nacional.

Perante a gravidade da situação económica do País e as dificuldades que os cidadãos atravessam, é importante que o Presidente da República, pelo seu conhecimento, pela sua experiência e pela sua personalidade, seja capaz de contribuir para que o País trilhe um caminho que permita vencer os desafios com que está confrontado.

Sendo certo que ao Presidente da República não cabe governar ou legislar, não deve, contudo, deixar de exercer uma magistratura activa que favoreça a modernização da sociedade e o crescimento da economia, a criação de emprego, melhores condições para os jovens, que favoreça o combate à precariedade do trabalho e à pobreza e a preservação da coesão social.

Lutarmos para que Portugal faça parte do grupo dos países mais desenvolvidos da Europa será sempre, para mim, um grande desígnio nacional.

 Se o povo português voltar a honrar-me com a sua escolha, não desistirei de promover a união de esforços para a recuperação económica.

Irei aprofundar a pedagogia dos bons exemplos e dos casos de sucesso, sublinhar o papel das pequenas e médias empresas na criação de emprego e de riqueza, apoiar o espírito de iniciativa dos jovens, a inovação e a competitividade das empresas.

Darei todo o meu esforço para defender a eficiência e a credibilidade da justiça, a qualidade ambiental, a excelência no ensino.

Tudo farei para defender o acesso a cuidados de saúde de qualidade, independentemente da situação económica de cada um, e o papel desempenhado pelas regiões autónomas e pelo poder autárquico.

Promovi, ao longo do meu mandato, a difusão e projecção internacional da língua portuguesa e a salvaguarda do nosso património cultural e não me irei afastar desta linha de rumo.

Comigo, os Portugueses sabem com o que podem contar.

Continuarei a falar verdade aos portugueses, porque só a verdade é geradora de confiança. Os Portugueses sabem bem distinguir aqueles que falam verdade e aqueles que semeiam ilusões e utopias.

 A minha candidatura é uma candidatura de futuro e de esperança. Temos de olhar em frente. Temos de nos mobilizar, todos, para abrir horizontes de esperança àqueles que perderam o seu emprego e aos jovens que querem entrar no mercado de trabalho e conquistar a sua autonomia.

Tenho dado todo o meu apoio às instituições de solidariedade social e aos grupos de voluntariado, tenho estimulado os progressos no campo da ciência e da tecnologia, tenho procurado que o mundo rural e o interior não sejam esquecidos.

Portugal tem potencialidades e devemos saber aproveitá-las. Temos empresários dinâmicos, trabalhadores activos, jovens empreendedores, funcionários públicos qualificados, comunidades no estrangeiro que são um exemplo para todos nós.

Foi em nome de todos eles, jovens e idosos, cidadãos que vivem no litoral e no interior, empresários e trabalhadores, pessoas que não têm emprego ou que sobrevivem com pensões reduzidas, foi em nome de todos eles que me decidi recandidatar à Presidência da República.

Acredito que podemos vencer.

 Sou um Presidente próximo das populações. Orgulho-me de ser um dos responsáveis políticos que melhor conhece a realidade das diferentes regiões do País. Durante o meu mandato já visitei praticamente 200 concelhos , alguns mais do que uma vez.

Continuarei atento ao sentir dos Portugueses transmitindo-lhes ânimo e vontade de vencer, ouvindo as pessoas, procurando conhecer melhor os seus problemas, as suas carências, os seus anseios.

A experiência dos Roteiros levou-me a percorrer o País para apoiar a inclusão dos mais desfavorecidos, incentivar a inovação empresarial, dar voz aos jovens, estimular as comunidades locais que se afirmam em articulação com as autarquias. Irei aprofundar esta dinâmica, tal como manterei um laço muito especial com as comunidades portuguesas no estrangeiro.

 Conheço bem os problemas que se colocam a Portugal no futuro próximo e na base dos quais estão as preocupações e incertezas dos portugueses.

Para eles tenho alertado insistentemente e procurado contribuir para a sua resolução, no quadro das competências que a Constituição me confere. Dos meus contactos pelo País colho a informação de que os resultados dos meus esforços têm sido produtivos.

De entre os problemas que se colocam ao País no futuro imediato destacam-se o desemprego e o endividamento externo. Tanto um como outro exigem um reforço da produtividade e da capacidade competitiva da nossa economia e o aumento da produção de bens e serviços que concorrem com a produção externa.

Está ao nosso alcance agarrar o futuro com determinação e generosidade. Está ao nosso alcance construir um Portugal mais desenvolvido e mais justo.

É isso que me motiva, guiado pela minha visão de futuro, pelo elevado grau de exigência ética que sempre caracterizou a minha vida, na crença inabalável na capacidade dos Portugueses para superar adversidades e na convicção de que seremos capazes de vencer.

Eu acredito.

 Portugal encontra-se numa situação difícil. Mas há uma interrogação que cada um, com honestidade, deve fazer: em que situação se encontraria o País sem a acção intensa e ponderada, muitas vezes discreta, que desenvolvi ao longo do meu mandato?

O que teria acontecido sem os alertas e apelos que lancei na devida altura, sem os compromissos que estimulei, sem os caminhos de futuro que apontei, sem a defesa dos interesses nacionais que tenho incansavelmente promovido junto de entidades estrangeiras?

Sei bem que a minha magistratura de influência produziu resultados positivos.  Mas também sei – e esta é a hora de dizê-lo – que podia ter sido mais bem aproveitada pelos diferentes poderes do Estado.

 A minha candidatura é estritamente pessoal, independente de todas as forças partidárias.

O meu partido é Portugal.

Tenho um passado político de que me orgulho. Servi o País e os Portugueses reconhecem-no.

Se o eleitorado me honrar novamente com a sua confiança, serei, como o demonstrei ao longo do meu mandato, Presidente de todos os Portugueses.

Ninguém de boa fé pode dizer que não fui rigorosamente isento e imparcial perante as diversas forças políticas.

Actuei ponderadamente para que a figura do Presidente da República não fosse usada como arma de arremesso nas lutas entre os partidos. Não interfiro em lutas partidárias. Respeitei democraticamente os resultados das eleições.

Nunca permiti, nem permitirei, que a função presidencial seja instrumentalizada por quem quer que seja.

Aqueles que decidirem apoiar a minha recandidatura sabem com o que podem contar.

Estarei sempre ao serviço de Portugal e dos Portugueses. Não estarei ao serviço de qualquer grupo, nem serei portador de uma ideologia de facção. Serei um factor de união e de confiança, um Presidente escrupuloso no cumprimento da Constituição da República e das regras da democracia.

Sabem que respeito as competências próprias dos outros órgãos de soberania, como exijo firmemente que as competências próprias do Presidente da República sejam respeitadas.

Acompanharei com rigor a actividade do Executivo. O Governo, qualquer Governo, contará sempre com a minha cooperação na resolução dos problemas do País.

Serei sempre um referencial de equilíbrio e estabilidade.

Os Portugueses sabem que sou avesso a intrigas político-partidárias.

Sabem que a honestidade, a rectidão, a seriedade, o respeito pela palavra dada são princípios de toda a minha vida, de que nunca me afastarei.

 A partir de hoje, sou candidato sem deixar de ser Presidente da República. O meu mandato só termina em 9 de Março de 2011, pelo que continuarei a exercer fielmente as minhas funções.

Saberei distinguir as duas qualidades de que agora sou portador.

Como candidato, farei tudo para que os Portugueses, com serenidade, escolham de forma esclarecida aquele em quem mais confiam para ser Presidente da República nos tempos complexos que o País atravessa.

É em nome de Portugal inteiro que me candidato.

Se olhasse apenas para os meus interesses pessoais, poderia tomar outra opção.

Mas é nestas horas que sentimos o apelo do dever.

Sinto que tenho um dever para com os Portugueses. Esse dever tem um nome, chama-se futuro.

Pelo futuro de Portugal, apresento hoje a minha candidatura à Presidência da República.


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publicado por Noticias do Ribatejo às 12:28
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