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Por: Catarina Betes
A propósito da felicidade
Todos queremos ser felizes.
E acordamos todos os dias com a esperança que o milagre se dê.
Porque somos imperfeitos, procuramos nos outros sinais de que o mesmo aconteça e esquecemo-nos que o milagre somos nós.
Achamos que temos tempo e que as nossas dúvidas se dissiparão, tal como o milagre do sol, depois da chuva.
Mas então o tempo passa e continuamos a esperar que esse alguém nos acorde, porque não temos coragem de o fazer sozinhos. Percebemos o peso do mundo nas mãos e sentimo-nos impotentes perante a nossa inércia, certos de que o nosso tempo se esgotou no caminho longo da espera.
E o vazio acontece. O vazio de nos sentirmos e percebermos sós, porque cremos que sozinhos, não somos capazes.
Porque carregamos fardos que não são nossos, mas da vida que habitamos e das escolhas que não fazemos. Ninguém será capaz de nos fazer despertar além de nós mesmos.
Há tanto neste mundo que nos faz acreditar, mas insistimos no medo, no propósito inútil, de duvidar.
Queremos ser a escolha e perdemos a ousadia de eleger o que verdadeiramente queremos viver.
Não adianta fugir.
Escondermo-nos atrás da cortina do tempo ou das sombras dos afetos que insistem em nos prender.
Ou andamos ou ficamos parados.
E vamos ficando. Até não restar mais do que a memória de quem realmente queríamos ser.
A felicidade é uma escolha. Entender que a vida é como o atravessar de uma ponte, que aqueles que começam a travessia ao nosso lado, nem sempre são os que connosco terminam o caminho. Mas verdade seja dita, em nenhuma parte do percurso, estamos realmente sozinhos.
Há sempre quem caminhe connosco, num momento, curva ou cruzamento qualquer. E isso não acontece por acaso.
Podemos até não o ver, nem perceber o motivo da sua presença,…
Mas a verdade é que, mesmo sendo passageira, faz toda a diferença.