NOTICIAS DO RIBATEJO EM SUMARIO E ACTUALIZADAS PERIODICAMENTE -
"A Imparcialidade Na Noticia" -
UMA REFERÊNCIA NA INFORMAÇÃO REGIONAL -
A NERSANT iniciou um inquérito semanal para analisar de que forma as Medidas de Contingência impostas com o COVID 19 estão a condicionar a atividade empresarial das empresas associadas.
Com este 1º inquérito, obtivemos a seguinte informação:
1. Redução da faturação devido à pandemia: 76,19% das empresas registaram uma diminuição. Destas, verificamos que 18,37% verificou uma queda inferior a 20%, 22,45% uma queda entre 20 a 50%, 16,33% uma queda entre 50 e 70% e 42,85% registou uma queda superior a 70%.
2. Parte desta redução da faturação foi verificada porque cerca de 65,62% das empresas suspenderam ou reduziram parcialmente a atividade (25,00% das empresas suspenderam atividade, enquanto 40,62% reduziram parcialmente a atividade). Verificou-se que 34,38% mantiveram a atividade normal.
3. Na análise ao recurso às linhas de crédito do COVID 19, 53,12% das empresas não recorreu nem pensa recorrer, 34,38% afirma que vai recorrer e 12,50% já recorreu;
4. No recurso à moratória nos empréstimos em curso, 52,46% não pensa solicitar, mas 21,31% equaciona poder vir a utilizar. Nesta data, 26,23% das empresas já recorreram a este instrumento;
5. 15,87% já requereu a aprovação do Lay-off simplificado, para apoiar as empresas na manutenção dos postos de trabalho e 28,57% vão recorrer a esta medida. 55,56% das empresas não pensa requerer o lay-off;
6. Na questão sobre as dificuldades de abastecimento atuais, incluindo importações, a resposta foi a seguinte:
- a. Pouco significado ou nulo 41,94%
- b. Moderado 29,03%
- c. Forte 11,29%
- d. Muito forte 17,74%
7. Quando se questionou as possíveis dificuldades futuras nos abastecimentos, a opinião foi a seguinte:
- a. Pouco significado ou nulo 25,00%
- b. Moderado 28,33%
- c. Forte 25,00%
- d. Muito forte 21,67%
8. Em termos do impacto da redução da procura, neste momento verifica-se a seguinte situação:
- a. Pouco significado ou nulo 15,62%
- b. Moderado 17,19%
- c. Forte 23,44%
- d. Muito forte 43,75%
9. Em termos do impacto da evolução da procura futura, a expetativa das empresas é a seguinte:
- a. Pouco significado ou nulo 6,35%
- b. Moderado 23,81%
- c. Forte 23,81%
- d. Muito forte 46,03%
10. Na análise ao impacto da Pandemia na tesouraria da empresa, a situação atual é a seguinte:
- a. Pouco significado ou nulo 18,46%
- b. Moderado 26,15%
- c. Forte 21,54%
- d. Muito forte 33,85%
11. Quando se analisa sobre a expetativa do impacto na tesouraria da empresa no curto prazo, a expetativa é a seguinte:
- a. Pouco significado ou nulo 3,12%
- b. Moderado 25,00%
- c. Forte 29,69%
- d. Muito forte 42,19%
12. As empresas foram questionadas sobre os possíveis constrangimentos com os transportes, com a logística e as Alfândegas, a resposta das empresas foi a seguinte:
- a. Pouco significado ou nulo 50,00%
- b. Moderado 27,59%
- c. Forte 18,97%
- d. Muito forte 3,45%
13. Em virtude de haver empresas que têm trabalhadores ausentes, por vários motivos legais, como por exemplo acompanhamento a filhos menores, devido ao encerramento das escolas, as empresas consideram essa ausência:
- a. Pouco significado ou nulo 40,32%
- b. Moderado 29,03%
- c. Forte 22,58%
- d. Muito forte 8,06%
O inquérito também permitia a colocação de comentários adicionais ao impacto da epidemia COVID-19, apresentando-se alguns testemunhos:
- A própria gerência com filhos menores, não tem direito a assistência aos filhos, nem consegue estar em modo de teletrabalho;
- Neste momento, vimos todas as encomendas dos n/clientes suspensas devido a esta pandemia COVID 19 o que nos levou a entrar em lay off para assegurar os postos de trabalho;
- Dificuldade em concluir projetos em curso e de obter outros que estavam previstos;
- Legislação e/ou procedimentos excessivos e complexa(os).
- Nesta altura e, como somos uma empresa que se dedica a venda e montagem de equipamentos hoteleiros, o nosso grande problema são os consumidores finais que não conseguem acabar as obras por falta de mão-de-obra nesta altura.
- O que está faturado vai ser muito difícil receber.
- Agilizar todos os procedimentos administrativos (licenciamentos/certificações/autorizações/…) entre empresas e administração pública central e regional. Exemplo dar a hipótese de prorrogar os licenciamentos/certificações/autorizações até o fim do período de quarentena. Permitir às entidades que licenciam/certificam/…, agilizar os novos processos, dando um prazo para as empresas, após a quarentena, completarem os processos. Criar a possibilidade para às empresas que têm necessidade de formação obrigatória para novos processos de certidões, nomeadamente as profissionais (exemplo atribuição do ADR para motoristas), possam fazer via on-line e não presencialmente.
- Se o estado pagar tudo o que puder, das suas dívidas às empresas (não gera mais despesa e garante liquidez para as empresas);
- A ideia da distribuição do "dinheiro de helicóptero", pelo menos para os trabalhadores dos setores mais afetados, impedindo que estes contribuam para a estagnação do consumo;
- Apoio financeiro urgente. Repensar toda estratégia do ano;
- Apoios para a criação de lojas on-line. Apoios para dinamizar comunicação, marketing e publicidade da empresa nos meios atuais;
- As empresas deviam receber todas, sem exceção ajuda financeira imediata, sem estar sujeita a avaliações da Garval ou dos bancos. O dinheiro não chega as empresas, vai haver muito desemprego e o governo não dá o dinheiro as empresas para sobreviverem e manterem os postos de trabalho.
- Esqueçam lá isso da avaliação do risco, depois vai gastar muito mais dinheiro com subsídio de desemprego e vai levar muitos anos até surgirem novas empresas suficientes para substituírem as que foram obrigadas a fechar. Dinheiro para as empresas já.....depois vai ser tarde
- Os gerentes terem acesso ao lay-off, ou outro apoio;
- No meu caso dependo do meu ordenado e com a firma parada não tenho como sobreviver