O Município do Cartaxo assinalou ontem o 101.º aniversário do Dia do Armistício da Grande Guerra com a deposição de uma coroa de flores no Monumento de Homenagem aos Combatentes, na praça 15 de Dezembro.
O gesto simbólico, levado a cabo pelo presidente da Câmara Pedro Magalhães Ribeiro e por representantes do núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes, contou com a presença de autarcas e presidentes de Junta de Freguesia, vereadores da Câmara Municipal, representantes de forças de segurança e dos bombeiros municipais, e também muitos ex-combatentes do concelho.
O Sargento-mor Luís Faria, do núcleo de Santarém da Liga dos Combatentes, transmitiu uma mensagem do General Chito Rodrigues, Presidente da Liga dos Combatentes, evocando o Dia do Armistício, mas também o 45º aniversário do fim da Guerra do Ultramar e o 98º aniversário da fundação da Liga.
Para o General Chito Rodrigues, este é o “momento para evocar paz”, “como objetivo e valor permanente de qualquer sociedade e de todos os homens e mulheres livres”. Mas é também tempo de continuar “a lutar pelos valores em que acreditamos, a promover a história, a conservação das memórias, e a procurar apoios que garantam aos combatentes e famílias o reconhecimento e a solidariedade que, à luz dos direitos humanos e dos serviços prestados, têm direito”.
Também o presidente da Câmara Pedro Magalhães Ribeiro assinalou as situações de injustiça que os ex-combatentes ainda hoje sofrem. “Que aqueles que nos representam na Assembleia da República possam cuidar melhor daqueles que estiveram disponíveis para dar a vida por todos os nós, daqueles que – e temos muitos casos no nosso concelho - viram a sua saúde física e mental prejudicada nas suas passagens por estes conflitos”.
No seu discurso, o presidente da Câmara recordou uma passagem de uma entrevista a um antigo combatente, vítima de stress pós-traumático, onde dizia que, dentro dele, a guerra ainda não tinha terminado. “São muitos os que ainda hoje sofrem por aquilo que foram obrigados a vivenciar, castrando-lhes sonhos e projetos de vida, para que outros vivessem, e isso merece o nosso mais profundo respeito e a mais sincera homenagem”, afirmou.
Apesar da importância do papel desempenhado pelos antigos combatentes, “conhece-se muito pouco sobre aquilo que foi a sua trajetória de vida que, a determinada altura, foi confrontada com esta missão de defender a nossa pátria”, afirmou o autarca. Nesse sentido, e de forma a “divulgar, sem qualquer tipo de preconceito ideológico, a importância da pátria e alguns valores que estão mais esquecidos, junto da nossa comunidade escolar, vamos precisar da vossa ajuda muito em breve”.
No encerramento da cerimónia, o presidente relembrou que a existência, “por esse mundo fora, de conflitos com danos profundos nesta e nas gerações futuras”, reforça “a importância de estarmos aqui hoje, a assinalar esta data simbólica, neste monumento que simboliza a coragem e a bravura de todos os que, em nome do país, da paz e de todos nós, partiram para a guerra, e cujo sacrifício deve ser lembrado”.
COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DA MORTE DE MARCELINO MESQUITA
NOVEMBRO ENCERRA PROGRAMA DAS COMEMORAÇÕES
O programa das Comemorações do Centenário da Morte de Marcelino Mesquita, que decorre este ano, vai encerrar em novembro. Uma exposição que evoca a vida e a obra do dramaturgo, a estreia da peça de teatro A Berlinda, um colóquio, a revelação do vencedor ou vencedora do Prémio Literário Marcelino Mesquita e a apresentação do livro com duas obras do espólio do autor, são os momentos de destaque do programa.
A Biblioteca Municipal Marcelino Mesquita começa por receber no dia 16 de novembro, sábado, às 16h00, a inauguração da exposição Uma Construção da Memória, que evoca a vida e a obra do dramaturgo. A exposição estará patente ao público até ao dia 27 de dezembro.
No mesmo dia, às 21h30, o palco do Centro Cultural do Cartaxo vai receber a peça A Berlinda. Adaptação dramatúrgica do conto de Marcelino Mesquita, integrado no livro Na Azenha. A peça tem encenação de José Manuel Rodrigues e será protagonizada pelos alunos de teatro da Universidade Sénior do Cartaxo.
As comemorações encerrarão com o Colóquio Marcelino Mesquita – Uma Construção da Memória, a decorrer no Centro Cultural do Cartaxo, no dia 30 de novembro, sábado, às 15h00. Durante o Colóquio será revelado o vencedor ou a vencedora do Prémio Literário criado pelo Município do Cartaxo, no âmbito das Comemorações. Será, também, apresentado o livro com duas peças inéditas do espólio de Marcelino Mesquita.
PROGRAMA – NOVEMBRO 2019
16 NOV | SÁBADO
16H00
INAUGURAÇÃO DA EXPOSIÇÃO – UMA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA
BIBLIOTECA MUNICIPAL MARCELINO MESQUITA
21H30
PEÇA DE TEATRO – A BERLINDA
Adaptação dramatúrgica do conto de Marcelino Mesquita, A Berlinda, in Na Azenha. Encenação de José Manuel Rodrigues — Alunos de Teatro da Universidade Sénior do Cartaxo.
CENTRO CULTURAL DO CARTAXO
30 NOV | SÁBADO
15H00
COLÓQUIO – MARCELINO MESQUITA UMA CONSTRUÇÃO DA MEMÓRIA
com divulgação do Prémio Literário Marcelino Mesquita e lançamento de livro com duas peças do espólio de Marcelino Mesquita
CENTRO CULTURAL DO CARTAXO
Entrada livre
CARTAXO COMEMORA 30 ANOS DA CONVENÇÃO SOBRE OS DIREITOS DA CRIANÇA
Para assinalar os 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, a Comissão de Proteção de Crianças e Jovens do Cartaxo vai promover uma conversa subordinada ao tema “O mau trato e abuso na infância – uma visão jurídica” no Centro Cultural do Cartaxo, no dia 20 de novembro, pelas 14:30.
O juiz de direito António Gaspar e a advogada Susana Pitta Soares serão os convidados desta conversa aberta a todos os interessados no tema.
A entrada é livre.
Participe!
“CORTE DE VIAS – RUA VELHA – RUA DO ALGAR E TRAVESSA DA REBOLEIRA – CARTAXO
Informa-se todos os residentes e utilizadores dos arruamentos abaixo indicados, que, pelo motivo de abertura de valas no pavimento na Rua José Ribeiro da Costa, existirão perturbações na circulação automóvel ou corte total de via, a partir do próximo dia 13 de novembro e até ao dia 15 do mesmo mês:
1) Rua Velha – corte de via a partir do “arco” do Largo do Osório, impedindo-se o acesso direto à Rua José Ribeiro da Costa;
2) Rua do Algar – corte a partir da interseção com a Rua das Olarias, sendo todo o trânsito desviado para este último arruamento;
3) Travessa da Reboleira – corte total, a partir da Rua Batalhoz.
Esta situação vai condicionar grandemente a circulação automóvel na Rua José Ribeiro da Costa, que terá de funcionar como impasse entre a Rua das Olarias e a Travessa da República.
Agradece-se antecipadamente a compreensão de todos os moradores e utilizadores destes arruamentos, pelo incómodo que as obras possam causar.”