“Desde dia 16 de março que o Orçamento Participativo Escolar anda a dar que pensar às crianças das escolas do concelho”, explicou a vereadora Maria de Fátima Vinagre, responsável pelo pelouro da Educação na Câmara Municipal do Cartaxo.
A vereadora explicou que até chegarem ao momento de apresentar as propostas aos colegas, que as votam em duas assembleias participativas – no Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita do Cartaxo a assembleia reuniu no dia 9 de junho, no Agrupamento de Escolas D. Sancho I de Pontével a assembleia reuniu no dia 22 de junho –, os alunos e as alunas do 1.º ciclo de ensino básico, coordenados pelos seus professores, debateram as prioridades para a sua escola, pensaram em soluções, reuniram orçamentos e prepararam argumentos.
Para a autarca “o processo de criação das propostas, que implica trabalhar em equipa, estar atento às necessidades dos outros colegas, defender opiniões e projetos com respeito pelos outros, procurar consensos e, também, saber desfrutar da vitória com alegria pelo resultado atingido e com cortesia perante quem não viu a sua proposta sair vencedora”, justifica por si só a “relevância do projeto para a construção de uma comunidade democrática, de cidadãs e cidadãos empenhados e resilientes”.
No Agrupamento de Escolas Marcelino Mesquita do Cartaxo, foram apresentadas quatro propostas – Sempre em Movimento pelas turmas 4ºA; 4ºB; 4ºC e 4º/3ºD da EB José Tagarro, Espaço Lúdico pela turma do 4ºA da EB n.º 2 do Cartaxo, Na escola… sombra para brincar, não pode faltar!!! pela turma do 4ºA da EB n.º 3 do Cartaxo e Aprender com motivação, eis a solução da EB de Vila Chã de Ourique.
A vencedora, com mais de quinze por cento dos votos positivos das 40 crianças que constituíram a assembleia, foi a proposta Espaço Lúdico, que propôs a criação de uma área coberta no pátio de recreio, defendendo que brincar é a maneira mais natural de desenvolver a criatividade e a imaginação, a turma do 4ºA da EB n.º 2 do Cartaxo vai ver realizada a sua proposta de construir um telheiro que permita desenvolver atividades ao ar livre quer faça sol ou chuva.
No Agrupamento de Escolas D. Sancho I de Pontével, as quatro escolas básicas – de Pontével, da Lapa, da Ereira, dos Casais dos Penedos e de Vale da Pinta –, apresentaram uma proposta conjunta para um projeto que beneficiará toda a comunidade escolar do agrupamento.
Designada por Cultiv’Arte, a proposta prevê a construção de dezasseis canteiros, uma para cada turma, destinados à plantação de hortícolas e ervas aromáticas, assim como, a aquisição de seis biombos e todos os adereços necessários que permitirão, a cada uma das escolas proponentes, ter um teatro de fantoches.
Os alunos e alunas mostraram como a execução da Culti’Arte vai permitir ensinar e prender os conteúdos pedagógicos de um modo lúdico, ao integrar o conhecimento teórico com o exercício de atividades reais. Da matemática ao estudo do meio, das preocupações com o ambiente às práticas mais sustentáveis, do conhecimento de tradições à capacidade de trabalho colaborativo e inovador, da música à língua portuguesa, são muitos temas cujo processo ensino aprendizagem beneficiará com o projeto. Ao obter cem por cento dos votos positivos, Cultiv’Arte terá agora cinco mil euros para se concretizar.
Orçamento Participativo Escolar envolve toda a comunidade educativa
A Câmara Municipal do Cartaxo, organiza o Orçamento Participativo Escolar em parceria com os agrupamentos de escolas e associações de pais. Os alunos e as alunas são desafiados a desenvolver propostas que possam dar resposta ao que consideram prioritário para as suas escolas.
As propostas são votadas em assembleias participativas, uma por cada agrupamento de escolas. A Câmara Municipal do Cartaxo reserva 10 mil euros do orçamento municipal para este projeto que visa promover a participação e o exercício de uma cidadania empenhada no bem-estar de toda a comunidade.
CARTAXO ASSINALOU 40º ANIVERSÁRIO DA INAUGURAÇÃO DO EDIFÍCIO-SEDE DO MUNICÍPIO
A Câmara Municipal do Cartaxo assinalou, no dia 27 de junho, o 40.º Aniversário da inauguração do edifício-sede do Município.
A cerimónia contou com a presença de Renato Campos, presidente responsável pela construção do edifício, Domingos Horta e Maria José Campos, vereadores da Câmara Municipal à data da inauguração do edifício.
João Ferreira Heitor, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, afirmou que “há datas que importa celebrar e esta, por todo o simbolismo que acarreta para o Poder Local, é uma delas. É um gesto simples e simbólico, mas importante”.
Renato Campos, ex-presidente da autarquia, relembrou o que foram aqueles tempos, em que “ia de chapéu estendido até Lisboa, com o projeto do edifício, pedir dinheiro ao Governo Central para a sua construção” – o que nunca aconteceu. O edifício, que teve a primeira pedra lançada a 25 de abril de 1979, acabou por ser construído com fundos da própria Câmara Municipal. O ex-autarca recordou ainda que antes da construção do edifício foi feita uma consulta à população, por altura da Feira de Todos os Santos, no qual “noventa por cento da população assinalou a falta da torre do relógio que havia no anterior edifício e que, por isso, foi acrescentada ao projeto inicial”.
Maria José Campos lembrou também “que este foi o primeiro edifício do Poder Local a ser construído de raiz após a Revolução do 25 de Abril e que, portanto, tem também essa carga simbólica”.
Para cantar os parabéns ao edifício estiveram presentes vereadores da Câmara Municipal, presidentes das juntas de freguesia, forças de segurança e trabalhadores da autarquia.
João Ferreira Heitor, realçou “a importância de se assinalarem momentos como este, não só pela relevância que têm para história do concelho, mas também pelo lugar que ocupam na nossa memória afetiva. Por isso fizemos questão de convidar também os funcionários da autarquia, pois são eles que diariamente habitam e dão vida a este espaço”.