A bem saber, e andando a passo com as contingências que demarcam o presente, tivemos de nos readaptar, moldando e decapitando alguns dos tópicos que desde início acompanham este projecto. No entanto, e embora este ano não possamos juntar em corpo os artistas, mantemos acesa a chama nuclear que nada fará extinguir e que iluminará sempre esta residência, a partilha.
E como os tempos são transitórios, pouco ou nada será como dantes, é tempo de refletir, olhar para os últimos meses, perceber e entender aquele que será o “Futuro”, vocábulo que é também o tema desta residência.
Infelizmente, tal como acima foi dito, o modelo de residência em atelier aberto ao público este ano não acontecerá, é prioritário agir com cautela e distanciamento social. No entanto, iremos mantemos os workshops, nos quais serão implementadas as devidas condições de higiene e segurança. Faremos também a já tradicional pintura de mural, com grupos restritos de artistas sempre controlados, e ainda a exposição final, que este ano intitulamos “Reflexões de quarentena”, abrindo o mote precisamente à discussão primordial desta edição, as consequências da pandemia e qual o futuro depois desta drástica ocorrência.
Mas a reflexão será também feita em torno dos próprios alicerces da Residência, percebendo em que ponto nos encontramos, o que tem corrido bem, o que correu mal, o que pode melhorar, que reticências poderemos juntar para que possamos evoluir de forma cada vez mais positiva.
Ressalvar ainda que iremos manter a nossa divulgação constante nas redes sociais, interagindo com o público, peça essencial de todas as edições anteriores, ainda que desta feita ocorra de forma maioritariamente virtual.
Estamos de volta, Santarém será de novo a nossa casa por mais uma semana e o Centro Cultural e Regional de Santarém (CCRS) o nosso indispensável parceiro. Até já, o RAS está de volta!