Cerca de centena e meia de pessoas participou este domingo, 16 de junho, na abertura do Percurso Pedestre da Mata Nacional do Escaroupim, o qual pretende dar a conhecer ao turista/ caminhante o vasto património natural da aldeia avieira, do Rio Tejo e da Mata Nacional.
Com partida e chegada ao Largo dos Avieiros (aldeia do Escaroupim), o percurso está integrado no Guia de Percursos Pedestres da Lezíria do Tejo, promovido pela Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo (ERTAR) com a colaboração da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, assim como do Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
O Presidente da Câmara Municipal, Hélder Manuel Esménio, salientou que “é com muita satisfação que damos início a este percurso pedestre no nosso concelho, com cerca de 8,5 km de fruição da Natureza. É mais um produto que criamos no Escaroupim, aldeia avieira com um miradouro natural sobre o Rio Tejo muito bonito e à qual, com a colaboração da Entidade de Turismo, temos vindo a associar mais motivos que ajudam a promover e a divulgar este local, que tem uma história muito relevante no contexto do concelho de Salvaterra de Magos, temos a casa típica avieira, o Museu, os passeios de barco no Rio, a observação de aves, o restaurante panorâmico e temos esta Mata, um local muito aprazível”.
O Presidente da Entidade de Turismo Alentejo e Ribatejo, António Ceia da Silva, sublinhou que “entendemos que era importante estruturar produto nesta região que tem inúmeras potencialidades, pois só com produto turístico é que há turistas, e o que estamos a criar é este tipo de atratibilidade sobre este território daí lançarmos o Guia de Percursos Pedestres, onde este se inclui”.
Com um grau de dificuldade fácil, o percurso pode ser realizado durante todo o ano, com o intuito de incentivar à prática desportiva e à descoberta deste recurso natural público existente há séculos no concelho de Salvaterra de Magos.
Esta Mata, inicialmente denominada de Pinhal do Escaroupim, foi até 7 de abril de 1836 administrado pela Montaria-Mor do Reino, data em que foi incorporada na Administração Geral das Matas do Reino. Desde então, e até ao presente, é propriedade do Estado.
Originalmente constituída por povoamentos de pinheiro-bravo e pinheiro-manso, a partir de 1907 foram reconvertidos para povoamentos de eucalipto, tornando-se durante a II Guerra Mundial num importante fornecedor de combustível para as locomotivas que passavam na Ponte Rainha Dona Amélia.
Tem uma área total de 438 hectares e está arborizada numa superfície de 346 hectares com pinheiro-manso, pinheiro-bravo e eucalipto. Destinado a ensaios de caráter científico, no ano de 1953 foi plantado um arboreto constituído por 125 espécies de eucaliptos, sendo dos mais completos da Europa.