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Terça-feira, 7 de Abril de 2020
STARTUP´s da Região atravessam grandes dificuldades

 

A NERSANT, conhecida por ser a Associação Empresarial que mais empresas ajuda a criar, uma média de 90 a 100 por ano, tem estado a apoiar em termos informativos e técnicos, estas startup´s.De momento, acompanha cerca de 300 empresas e decidiu proceder à realização de um inquérito para poder monitorizar a situação que estão a viver e prospetivar propostas de soluções para que estas empresas não sejam esquecidas, dada a sua fragilidade por terem “nascido” muito recentemente.

 

O inquérito abrangeu 294 empresas, tendo obtido resposta de 56 destas.
Cerca de 91% das empresas responderam que registaram quedas na faturação. Destas, 75% terão tido quedas superiores a 70%.
Quando se questiona relativamente à atividade da empresa, 57,14% afirma que suspendeu a atividade e em 23,81% houve uma suspensão parcial.
No que diz respeito ao recurso às linhas de crédito, 76,74% não equaciona esta solução, enquanto que 9,3% já recorreu. Daqui se pode deduzir que a fragilidade das empresas é grande, podendo estar a haver alguma relutância em correr mais riscos, num momento de grande incerteza.
Quando instados a pronunciarem-se se irão recorrer às moratórias, 72,09% afirma que não, enquanto que os restantes ou já recorreu ou vai recorrer nos próximos dias. Estes dados são muito preocupantes, pois podemos estar perante uma perceção pouco objetiva do momento que se está a viver e o tempo que vai demorar a recuperar e normalizar a economia.
Sobre o recurso ao lay-off simplificado, 90,48% não o vai requerer. É natural este número, pois a generalidade das empresas têm poucos recursos humanos na empresa, sendo que na sua maioria o sócio-gerente é o único trabalhador. Deste modo, como as medidas aprovadas até hoje não preveem o apoio aos gerentes/administradores, estes empreendedores estão completamente desprotegidos e poderão originar situações muito graves nestas pessoas, por falta de proteção na eventualidade de continuarem sem faturar ou se tiverem que encerrar as suas empresas.
O inquérito também procurou compreender como estava a procura, tendo obtido as seguintes respostas: redução muito forte e forte em 86,11%. Quando se pretende conhecer a expetativa sobre a procura futura, os resultados são iguais: redução muito forte ou forte para 86,11% dos inquiridos.
Em termos de Tesouraria neste momento, o impacto é considerado Muito Forte e Forte para 85,72% dos empreendedores. Quando questionados sobre o impacto esperado no futuro próximo, esta é Muito Forte para 66,67% e Forte para 21,43%.

Dos comentários registados pelas empresas, eis algumas das considerações:

  • Atualmente encontramo-nos com a porta fechada desde dia 16 Março e sem esperança de voltar a abrir;
  • Área de saúde não prioritária, não obrigatório o encerramento por parte do Governo, mas que por falta de equipamento de proteção individual (EPI) não dá para laborar. Moratórias no pagamento de rendas apenas vão fazer com que empresas em dificuldades fiquem com mais dificuldades. O Estado devia suportar parte dessas rendas;
  • Como se trata de uma gelataria, a empresa não tem bens essenciais para oferecer. Apesar de termos opção de take away ou de entrega ao domicílio através da app Uber Eats, não compensa a abertura da empresa não só pelo que o Governo impôs, como as pessoas não gastam dinheiro em bens que não sejam essenciais e que sejam referentes a gelados ou sobremesas, uma vez que existem reduções de salários e dificuldades que afetam a capacidade económica dos clientes
  • Está a ser uma catástrofe pois tenho as mercadorias compradas e não pagas (tenho cheques pré-datados na posse dos fornecedores) em stock e neste momento que estamos a atravessar estou proibida de as comercializar. Artigos de verão que se não vender até Julho/Agosto fica em stock para a estação seguinte e desvaloriza (não o consigo vender mais a preço normal). Em Agosto terei que fazer novo investimento para a estação de Inverno. Se não receber dos clientes não tenho dinheiro nem para pagar aos fornecedores a coleção de verão nem para comprar a coleção seguinte;
  • Estamos encerrados a 100% desde dia 13 de Março. Faturação zero euros
  • Não sei como irá ficar o ramo dos eventos , e aluguer de audiovisuais , visto que estou a iniciar uma nova empresa nesse ramo ,eu como novo empreendedor no ramo já era difícil, então agora irá ser extremamente difícil , senão impossível mesmo que a crise da pandemia passe. Durante algum tempo as pessoas, naturalmente não vão querer estar num evento, com o receio de haver algum contágio, o mesmo acontece com as reuniões presenciais;
  • Neste setor e nesta região a procura tem sido praticamente nula. Graves problemas de liquidez.
  • Tenho a minha atividade totalmente suspensa porque os meus clientes adiaram os trabalhos no interior das suas habitações, mesmo estando todas com orçamento adjudicado;
  • Se não podemos abrir as portas neste tipo de comércio é preciso apoiar especificamente cada setor e segundo a tesouraria de cada um, perceber as dificuldades sentidas(ora se não há entradas de dinheiro como pode haver saídas???)
  • Ajudar as pequenas empresas mas não às sobrecarregar após abertura, pois o impacto negativo seria o mesmo. Alterações nos pagamentos dos serviços essenciais - EDP e Água no meu caso e também no Gás no caso de outros negócios do ramo. Se não suspensão no tempo em que os estabelecimentos estão encerrados, pelo menos uma redução seja no aluguer dos contadores seja no preço por KW/M3. Aqui a autarquia poderá ter uma palavra a dizer autonomamente.
  • Apesar de termos recorrido ao Lay-off, ainda não sabemos se a nossa empresa vai ser aprovada, uma vez que os únicos trabalhadores que temos são precisamente os dois sócios gerentes. É injusto para microempresas que não sejam aprovadas, uma vez que os sócios gerentes são os únicos trabalhadores. É URGENTE e extremamente importante a isenção de pagamentos de rendas a senhorios privados, uma vez que a maioria das rendas são elevadas e não temos capacidade económica para fazer face a este custo, até porque fomos obrigados a fechar o estabelecimento, não sendo possível usufruir do estabelecimento como seria expectável.
  • Devemo-nos proteger ao máximo, mesmo com muitas dificuldades. Vale mais em casa chateado do que numa cama no hospital contaminado.
  • Devia de haver apoio às empresas que estão a começar a vida empresarial pois não existem nenhuns apoios.
  • Forte apoio financeiro da parte do governo, às micro empresas
  • Mais proteção. Enviarem para as empresas desinfetante, para podermos trabalhar com as medidas máximas de proteção;
  • Suspender o pagamento da segurança social. Suspender (adiar) a entrega do IVA;


publicado por Noticias do Ribatejo às 11:40
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