O Museu Municipal de Loulé realiza um programa cultural com vista a dinamizar alguns espaços do Concelho e, simultaneamente, proporcionar ao público espectáculos de teatro, música ou exposições. Nesta quadra festiva, o Natal vai ser o mote para algumas das actividades agendadas.
Assim, a 5 de Dezembro, entre as 14h00 e as 18h00, o Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte, em Alte, é o local escolhido para a realização da Feira de Dezembro, uma exposição e venda de artesanato da freguesia.
Já no dia 9, às 10h30, no Ginásio dos Espanhóis, o grupo Bicateatro leva a cena a peça “Natal dell´arte”. Integrado no Programa Território Artes, este espectáculo que utiliza as técnicas da Comédia dell‘ Arte e da improvisação, dirige-se aos alunos do 1º ciclo.
A iniciativa “Música no Castelo” regressa à Alcaidaria do Castelo de Loulé no dia 19, pelas 16h30, com um concerto do Trio Osmose, que irá apresentar clássicos de Natal interpretados em jazz.
Finalmente, no dia 26, às 16h30, o Salão Nobre da Câmara Municipal de Loulé acolhe mais um concerto comentado inserido no segundo ciclo do “Música.com”. “O violino entre o barroco e o romantismo” é o mote para uma tarde musical protagonizada por Tiago Neto, no violino, e António Ferreiro, ao piano, e que fará também os comentários da sessão.
Ao longo do mês de Dezembro, as escolas da freguesia de Alte participam no concurso para atribuição de nome à Mascote do Pólo Museológico Cândido Guerreiro e Condes de Alte.
Peça Museológica do Mês: Arca de Flandres
O Museu Municipal escolheu como peça museológica do mês de Dezembro uma arca de madeira decorada com folha-de-flandres, peça de mobília das casas antigas destinada a guardar roupas, enxovais ou outros objectos preciosos do lar.
Em Loulé existiram vários fabricantes de arcas deste género, dos quais se destaca Joaquim Manuel Santos Vinhas, que conta hoje com 78 anos e que começou a trabalhar na construção de arcas aos 12 anos. A sua oficina, de técnica manual, localizava-se na Rua de S. Domingos, desde 1962 até 1974, ano em que deixou de trabalhar. A madeira de que eram compostas as arcas era comprada no Sardoal e as ferragens em Águeda. Após a estrutura feita era forrada com folha-de-flandres que era decorada no Porto. Hoje recorda com saudade aquelas “peças de museu” que, em conjunto com outros objectos, constituíam a mobília principal dos lares tradicionais. Estas malas eram muito vendidas para zonas do interior algarvio e Alentejo. Serviam para guardar as mantas nas épocas mais quentes que, com a chegada do frio, eram retiradas para fazer a cama e agasalhar a família.
Esta peça poderá ser vista na sala polivalente da Alcaidaria do Castelo.http://press.algarvecentral.net/?