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Terça-feira, 31 de Agosto de 2010
CONSTÂNCIA-Comunicado Direcção NERSANT
A Direcção da Nersant, reunida no dia 30.08.10, analisou as consequências na economia regional do encerramento da ponte sobre o Tejo na Praia do Ribatejo/Constância.
A Nersant considera grave que um assunto que preocupa as autarquias de Constância e Barquinha desde 1995, continue sem solução.
A construção de uma nova ponte neste local foi objecto de despacho do Secretário de Estado das Obras Públicas, em 1998, no qual lançou os estudos e projectos para a sua execução e, em 2004 o Ministro das Obras Públicas de então, comunicou publicamente o lançamento do concurso.
Compromissos desta natureza não podem ser irresponsavelmente escamoteados, e as alterações de prioridades governativas sobre este tipo de investimento não podem comprometer as soluções, quando está em causa a segurança das pessoas, a sua mobilidade, e a sobrevivência das empresas.
Espera-se que das reuniões a realizar durante esta semana, se encontrem respostas para minimizar as consequências mais imediatas e gravosas do seu encerramento. Mas convirá não esquecer que se tem de encontrar uma solução de fundo para este problema.
A Nersant não aceita que da desejável e necessária construção da ponte do Tramagal/Abrantes possa provocar o encerramento definitivo do trânsito rodoviário na ponte Praia do Ribatejo/Constância.
A Direcção da Nersant vai novamente reunir sobre este assunto com autarcas no próximo dia 06.09.10.
Quinta-feira, 22 de Julho de 2010
Constância prepara acções públicas de protesto por encerramento da ponte
A população da freguesia de Santa Margarida, em Constância, está a preparar acções públicas de “protesto” pelo encerramento da ponte rodoviária sobre o rio Tejo, que podem passar pelo corte da linha-férrea.
O encerramento da travessia decorreu quarta feira por falhas de segurança detectadas numa inspecção realizada pela Refer - Rede Ferroviária Nacional, criando “constrangimentos sérios” aos cerca de quatro mil utilizadores diários daquela infra-estrutura, sendo as alternativas mais próximas as travessias em Chamusca e Abrantes, e que implicam um acréscimo na deslocação de entre 40 a 50 quilómetros.
Os cerca de 300 habitantes que estiveram reunidos para debater os efeitos do encerramento da travessia, que liga Constância sul à Praia do Ribatejo, expressaram a sua “revolta e indignação” pelo “momento dramático” que dizem viver, tendo afirmado que o relatório da Refer, “por ter sido feito com base em instrumentos de medição de estruturas ferroviárias, não tem credibilidade”.
Responsáveis autárquicos, educativos e das forças de protecção civil estiveram também presentes na reunião, tendo o comandante dos Bombeiros de Constância afirmado que a Refer, “com a decisão que tomou, deixou a população isolada e desprotegida” ao nível da prestação de socorro de emergência médica, de protecção civil, combate a incêndios e até de acesso à própria GNR, que tem o seu quartel também no lado norte, na sede de concelho.
“Se a Refer anda a semear ventos vai colher tempestades”, afirmou Adelino Gomes, lembrando que a população corre “riscos acrescidos” neste momento “pela distância que é agora necessária percorrer”.
A população afirmou-se “pronta” para manifestações públicas de protesto tendo sido aprovada a ideia de “responder” à posição da Refer “na mesma moeda”.
“Se a ponte é da Refer e a Refer nos impede de circular no tabuleiro rodoviário, então nós vamos impedir que eles circulem e utilizem a ponte ferroviária”, defendem os populares.
O presidente da junta de freguesia de Santa Margarida, António Pinheiro afirmou que a população “está mesmo revoltada”, tendo admitido ser “difícil” que o presidente da Câmara, Máximo Ferreira, “segure as pessoas até uma decisão favorável de reabertura”.
“Apesar de tentarmos sensibilizar as pessoas para darem algum tempo, atendendo às negociações que estão em curso com o Governo, a revolta é muito grande porque é do lado de lá do rio que trabalham, que estudam, que têm acesso aos serviços públicos e a cuidados de saúde e segurança”, disse António Pinheiro, tendo admitido que “a ideia da população é unir-se e efetuar possíveis cortes de linha”.
Contactado pela agência Lusa, Máximo Ferreira, presidente da Câmara de Constância, disse “entender” a revolta da população de uma freguesia que ocupa 2/3 do território concelhio, tem mais de 1800 habitantes e que “está completamente desprotegida”.
“É uma situação dramática para esta gente mas já pedi alguma paciência e um compasso de espera antes de fazerem o que quer que seja porque ainda acredito que podemos resolver o problema de forma pacífica”, afirmou.