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Por: Antonieta Dias (*)
Droga é o termo utilizado para designar uma substância natural ou não (sintética) que quando absorvida pelo organismo vai originar uma mudança comportamental que pode ser física ou psicológica.
Se utilizada com fins terapêuticos tem como objectivo curar ou prevenir doenças que podem ser fatais.
Todavia, no caso em apreço, o termo “droga”é usado para as substâncias ilícitas que irão desencadear mais ou menos dependência, que actuam no sistema nervoso central e provocam no indivíduo uma série de sensações e de comportamentos por vezes alucinogéneos imprevisíveis.
As drogas são muitas vezes apelidadas de narcóticos ou estimulantes do sistema nervoso central consumidas por quem procura obter “ sensações milagrosas” e vivências nunca antes experienciadas.
Existem múltiplas substâncias sintéticas de venda livre que são adquiridas facilmente nas smart shops, que são utilizadas pelos consumidores como alternativa às drogas ilegais.
Estas drogas representam um flagelo social devido aos efeitos deletérios que criam no organismo dos consumidores e ao elevado número de utilizadores que as consomem de várias formas: por inalação, aspiração, aplicação sobre a pele, ingestão ou por qualquer outra via de absorção humana, originando um perigo real para a integridade psíquica ou física do indivíduo, devido aos efeitos perturbadores do foro psiquiátrico, dos desequilíbrios hidroelectrolíticos, das lesões cardiovasculares e gastrointestinais, que originam nalguns casos a morte.
Com base na investigação científica, os dados apontam e permitem mesmo concluir que certas drogas sintéticas de venda livre produzem sequelas irreversíveis, sendo os efeitos na saúde por vezes ainda mais graves que os que são desencadeados pelas drogas ilegais.
Estes factos são preocupantes, pois muitos dos consumidores desconhecem completamente estas consequências e pensam até que por serem drogas sintéticas de venda livre, não têm repercussões na sua saúde.
Em Portugal existiam cerca de 40 lojas registadas smartshops ou headshops, onde estas substâncias são vendidas sob a variedade de formas galénicas (pílulas, incensos, ervas, fertilizantes ou até em formas de suplementos).
Vale a pena fazer referência a uma droga denominada Ecstasy, que obteve uma popularidade enorme entre os jovens e que é responsável por um quadro de neurotoxicidade com morte dos axónios mas não dos corpos celulares. Porém, apesar de poder haver alguma recuperação neuronal a maior parte dos axónios destruídos são irrecuperáveis.
Sendo esta droga altamente perigosa, despoletando muitas vezes comportamentos de risco,
uma vez que os consumidores de ecstasy se envolvem mais facilmente em comportamentos sexuais de risco com consequente contágio e propagação de doenças sexualmente transmissíveis, como a SIDA e a Hepatite.
Acresce ainda, que o grupo de utilizadores destas drogas, são habitualmente jovens com um relacionamento sexual experienciado e partilhado com vários parceiros, praticando sexo sem protecção (sem recurso ao uso de preservativos), comprometendo assim a sociedade e colocando em risco não só a vida individual, como a saúde pública em geral.
Certo é que são geralmente jovens que iniciam a sua actividade sexual em idades muito precoces (13-14 anos), desconhecendo completamente os perigos destas ligações desprotegidas vivendo uma aventura que navega num mundo de ilusão sem possibilidade de recuperação e de muito difícil exclusão do grupo.
Outra droga que merece ser referenciada e que é também bastante utilizada por esta faixa etária é a BZP (BENZILPIPERAZINA), que se caracteriza por ter um efeito estimulante 10 a 20 vezes mais potente que a anfetamina, que era vendida originalmente em farmácias em pó em embalagens de vidro ou de plástico.
Contudo, é também comercializada e vendida sob a forma de pílulas, nas quais são impressos logótipos, sendo as pílulas de BZP consumidas, habitualmente, por adolescentes e jovens, em festas nocturnas. A sua administração é feita por via oral, embora a droga possa também ser aspirada ou fumada.
As doses utilizadas variam entre as 20 e as 200 miligramas, e os efeitos secundários da BZP, tal como qualquer estimulante, podem provocar diminuição do apetite, tonturas, vómitos, dilatação das pupilas, aumento da tensão arterial, taquicardia, diarreia, reacções alérgicas, ansiedade e insónia.
Apenas com estes dois meros exemplos podemos concluir que estas substâncias aparentemente inofensivas são altamente lesivas para a saúde.
O comportamento bizarro dos consumidores, a recente introdução num circuito não controlado nem regulado tem tido um enorme impacto na saúde dos utilizadores, criando uma necessidade social, de intervenção e apoio às famílias sinalizadas com conviventes geradores de disfunções familiares, provocadas pelos comportamentos desviantes destes jovens consumidores compulsivos, que ficam completamente incapazes de saírem de um cerco extremamente bem montado e manipulado por indivíduos vocacionados para envolver as camadas populacionais mais vulneráveis no mundo da droga.
Sem dúvida que a sociedade civil, tem tido um papel preponderante no combate à generalização e à liberalização destas drogas, de tal forma relevante que o próprio Estado teve necessidade de regulamentar a venda destas drogas, cujos efeitos farmacológicos destes compostos são em tudo semelhantes às drogas ilegais, devendo por isso ser interditadas.
Muito recentemente foi publicado o Decreto-Lei n.º 54/2013 de 17 de Abril, que veio colmatar parcialmente a venda indiscriminada de substâncias psicoactivas.
O Decreto, define o regime jurídico da prevenção e protecção contra a publicidade das novas substâncias psicoactivas, proíbe a produção, importação, exportação, publicidade, distribuição, venda, detenção, ou disponibilização de novas substâncias psicoativas.
Este Decreto – Lei abrange uma lista de 159 substâncias, salvaguardando, no artigo 17 º uma última oportunidade para quem fosse possuidor deste tipo de produtos o entregasse voluntariamente no prazo máximo de 15 dias a contar da data de entrada em vigor do presente Decreto – Lei, em qualquer posto da Guarda Nacional Republicana ou numa esquadra da Polícia de Segurança Pública, no qual era exigido um “termo de entrega, onde seriam mencionadas e descriminadas as respectivas drogas e as suas quantidades”.
A coima a atribuir pela não opção de entrega voluntária poderá atingir um valor máximo de 44.890 euros.
O artigo 1.º do decreto-lei define o regime jurídico da prevenção e protecção contra a publicidade e o comércio das novas substâncias activas.
Sem prejuízo da importância vital desta legislação que veio contribuir para minimizar a liberalização destes produtos, todavia, a ilegalização só por si não resolve na totalidade este problema pois é fácil mudar um radical neste grupo de substâncias, fazendo com que a droga que estava incluída na lista dos produtos ilícitos, deixe de o ser.
Em suma, fica para os farmacologistas a responsabilidade de continuar a sua investigação e de propor uma alteração ao Decreto –Lei com o objectivo de passarem a ser englobados em grupos farmacológicos suficientemente abrangentes que permitam incluir todas as substâncias já conhecidas e as que venham a surgir por pequenas mudanças estratégicas dos seus radicais.
Importa ainda referir, que é necessário ter uma comissão permanente de vigilância destes substâncias que sistematicamente estão a ser lançadas para o mercado, em que a presença de um farmacologista no grupo de intervenção se torna imprescindível no aconselhamento e na informação científica que esta questão requer.
Cabe assim aos órgãos legislativos proceder à nomeação de uma comissão destinada a cumprir estas funções.
Temos a intenção de solicitar uma audiência parlamentar para sensibilizar os grupos parlamentares que apesar da existência de uma legislação própria (Decreto-Lei n.º 54/2013, de 17 de Abril), são imprescindíveis outras medidas complementares, para impedir que esta ameaça para a saúde pública, que coloca em perigo a vida dos consumidores, devido às alterações que provocam no sistema nervoso central, tanto a nível da função motora, como das funções cognitivas, nomeadamente do raciocínio crítico e comportamental, muitas vezes traduzidos por alucinações, delírios, euforias e dependência das drogas, seja uma realidade inatingível.
Para além disso devem ser implementadas campanhas de prevenção e esclarecimento destinadas aos eventuais consumidores no sentido de os informarem sobre os potenciais perigos na utilização destas substâncias.”
Um processo traduz uma sequência de fenómenos (factos naturais ou atos humanos) sinalizados para a obtenção de resultados
(*) Doutorada em medicina
Cada médico cubano contratado pelo Estado português recebe apenas 500 euros por mês dos cerca de 2500 euros de salário pago pelo Ministério da Saúde através do governo de Cuba. Quinze euros vão para as famílias e o restante, cerca de 2000 euros, vão directos para os cofres do Estado cubano, ou seja, 80 por cento do salário vai para o regime de Havana. Cabe às autarquias muitos dos encargos com estes médicos, como rendas de casa, transportes e facturas de água e de luz.
O Governo português está satisfeito com o negócio, porque resolveu o problema da falta de médicos, e Cuba recebe divisas. A situação choca os clínicos portugueses, mas os visados não se queixam e remetem-se ao silêncio.
Inicialmente os médicos cubanos recebiam 300 euros, o equivalente ao que recebem no seu país, mas o custo de vida em Portugal obrigou Cuba a pagar-lhes 500 euros mensais.
Para muitos médicos portugueses, as condições dos cubanos são desumanas. Carlos Santos, dirigente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), declarou ao CM que o assunto já motivou a reclamações às Autoridades Regionais de Saúde do Alentejo e Algarve, regiões que acolhem a maioria dos 44 médicos cubanos, em Portugal desde Agosto de 2009.
A maioria destes médicos não quer falar à imprensa por "não estar autorizada", segundo confidenciou ao CM um dos clínicos.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Manuel Pizarro, nega ao CM que haja discriminação. "O Estado português paga em iguais condições aos médicos cubanos como a qualquer outro médico de família estrangeiro ou português a fazer 40 horas semanais. E paga horas extra se forem feitas." Quanto ao magro rendimento, Pizarro sublinha que "o Governo português não tem nada a ver com a forma como o pagamento da remuneração é feita por Cuba aos médicos."
Aqueles médicos têm habitação e transporte garantidos pelos municípios das regiões onde estão colocados. A Câmara de Alpiarça, por exemplo, suporta uma despesa de 350 euros pela renda da casa onde habitam os dois médicos cubanos que ali prestam serviço. E paga ainda as facturas da água, electricidade, gás, televisão e internet.
A braços com sete mil utentes sem médico de família, a autarquia viu-se obrigada a aceitar os encargos para não correr o risco de os profissionais cubanos serem colocados em outros concelhos.
http://www.correiodamanha.pt/
O ex-futebolista e sócio número um da Académica de Coimbra, Joaquim Gonçalves Isabelinha, morreu hoje em Santarém, com 100 anos de idade.
Médico oftalmologista, reformado há cinco anos, estava internado no Hospital Distrital de Santarém desde quarta-feira e praticamente já não se alimentava, disse o filho José Isabelinha, acrescentando que a morte ocorreu hoje de manhã “por volta das 10:30″.
O antigo jogador e sócio da “Briosa” há 80 anos, nasceu a 05 de Dezembro de 1908, em Almeirim, tendo estudado no liceu de Santarém antes de rumar a Coimbra, na década de 30 do século passado.
Antes de alinhar na Académica, enquanto estudante de Medicina na Universidade de Coimbra, até terminar o curso e rumar a Lisboa para se especializar em oftalmologia, Isabelinha jogou no Almerinense e, durante o liceu, em Santarém, alinhou pelo Leões de Santarém.
Segundo o arquivo dos Veteranos da Académica na Internet, Isabelinha estreou-se na “briosa” com 21 anos, a 30 de Março de 1930, na derrota frente ao Sporting, por 7-1, tendo marcado o golo solitário dos “estudantes”, cuja camisola envergou 25 jogos, ao longo de sete épocas.
Após a final da Taça de Portugal de 1939, que a Académica venceu depois de bater o Benfica, por 4-3, Isabelinha, quando instado a discursar, apenas disse: “Viva a malta”.
“Desportista sempre correcto. Figura mais querida da Academia. Não só pelos seus méritos de jogador, mas, sobretudo, pelo seu porte nobre, grandioso e incapaz de cometer uma deslealdade com o adversário”, descreveu a publicação “Voz Desportiva”, quando Isabelinha abandonou os “estudantes”.
Em 2008, por ocasião do centésimo aniversário de Isabelinha, a Casa da Académica de Lisboa, Académica de Santarém, Grupo “Guitarra e Canto de Coimbra” e Associação Académica de Coimbra/OAF, entre outras entidades, organizaram um almoço comemorativo no CNEMA, em Santarém, que juntou cerca de 550 pessoas.
Na ocasião, a Ordem dos Médicos atribuiu-lhe a medalha de mérito da classe e o presidente da Académica comparou o “relevo para a briosa” do sócio número um à de Pinto da Costa, Eusébio e Moniz Pereira, para FC Porto, Benfica e Sporting.
“Muitos deixaram a sua marca, mas ninguém como o dr. Isabelinha, quer pelo ‘fair-play’, quer pela faceta João Semana”, frisou José Eduardo Simões, perante o reitor da Universidade de Coimbra, Seabra Santos, dos presidentes das Câmaras Municipais de Coimbra, Carlos Encarnação, Santarém, Francisco Moita Flores, e Almeirim, José Sousa Gomes.
Em Santarém, onde instalou o seu consultório, no Largo do Seminário, Isabelinha é reconhecido por ter ajudado muitos dos seus pacientes mais carenciados: não cobrava consultas e tratamentos aos mais pobres e dava-lhes dinheiro para comprarem os medicamentos que receitava.
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O Hospital de Santarém vai ter uma Unidade de Radioterapia a partir do último trimestre de 2010, o que vai obrigar à mudança do local das consultas externas a partir de 02 de Dezembro. Em obras estão também as urgências, que passam a funcionar em pré-fabricados.
O presidente do Conselho de Administração do Hospital de Santarém, José Josué, disse à agência Lusa que 2010 será um ano de “relançamento” desta unidade de saúde, construída há 25 anos.
A par das obras no Serviço de Urgências, iniciadas a semana passada e orçadas em 7 milhões de euros (70 por cento dos quais suportados por fundos comunitários), será construída a Unidade de Radioterapia, num investimento da ordem dos 13 milhões de euros, “100 por cento privado”.
O parceiro privado vai construir a Unidade de Radioterapia no local actualmente ocupado pelas Consultas Externas do Departamento Cirúrgico, tendo em contrapartida que construir instalações novas para este serviço.
A Unidade de Radioterapia terá um custo estimado entre os 8 e os 9 milhões de euros e a construção das novas instalações para as consultas externas custará ao parceiro privado 4 a 5 milhões de euros.
Com o arranque das obras, previsto para o início de 2010, as Consultas Externas do Departamento Cirúrgico passam a realizar-se, a partir do próximo dia 02 e nos oito a 10 meses que durarem as obras, no 10.º piso do Hospital, que esteve alugado a uma clínica privada até Julho último, disse a mesma fonte.
Esta localização, que obriga ao uso do elevador, implica um condicionamento do acesso, pelo que o hospital está a informar, por escrito, as pessoas com consultas agendadas, apelando a que cheguem à hora marcada e apenas com um acompanhante, indo colocar um visor no rés-do-chão com informação sobre o andamento das consultas, afirmou.
O parceiro privado vai construir “um piso e meio”, num total de 1.800 metros quadrados, para acolher os gabinetes de consulta e os meios complementares de diagnóstico e terapêutica, adiantou.
A Unidade de Radioterapia do Hospital de Santarém vai integrar a Rede Oncológica Nacional, posicionando-se como “unidade de excelência” numa região habitada por meio milhão de pessoas, afirmou.
O Hospital de Santarém deu início, a semana passada, à obra de ampliação e requalificação do Serviço de Urgência, nesta primeira fase destinada à construção do complexo pré-fabricado que irá garantir o atendimento enquanto decorrem os trabalhos, que têm conclusão prevista para o final de 2010.
A estrutura pré-fabricada, que terá um custo de 1 milhão de euros, estará em funcionamento em Fevereiro, assegurando José Josué que está a ser feito “tudo para que fiquem salvaguardadas todas as condições de atendimento”.
“O serviço actual (concebido há 25 anos para uma procura de 50 mil doentes ano) estava de tal forma desajustado (a procura é actualmente superior a 130.mil doentes/ano) que seguramente teremos melhores condições”, afirmou.
Quando as obras ficarem concluídas, o Hospital terá que fazer um “reordenamento interno”, disse José Josué, admitindo que o 10.º piso possa eventualmente dar apoio ao Departamento Médico, considerada uma das áreas “mais críticas”, com taxas de ocupação acima dos 100 por cento.
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