Foi na dimensão do órgão da Igreja de Nossa Sra. de Marvila que assentou esta noite, dia 8 de novembro, o brilhante concerto de abertura da segunda edição do FÓS - Festival de Órgãos Históricos de Santarém.
Para além do órgão a cargo do organista António Esteireiro outros instrumentos se juntaram, violine, contrabaixo e viola de arco triple pelo artista convidado Duncan Fox e guitarra portuguesa por Pedro Caldeira Cabral.
Perante mais de duzentas pessoas, o repertório do concerto incluiu músicas de vários compositores como Diego Ortiz, António Carreira, Bernardo Storace, John Dowland, Dario Castelo, Bernardo Pasquini, Karl Friedrich Abel, Miguel Leitão de Andrada, João Vaz, Giles Durant de La Bergerie, Domenico Scarlatti, Carlos Seixas e Carlos Paredes/Pedro Caldeira Cabral.
A particularidade deste festival, de entrada livre e gratuita, é homenagear a relação histórica entre os órgãos e as igrejas, cuja acústica e cenário tornam cada concerto numa viagem multissensorial no tempo.
Órgãos voltam a tocar hoje, dia 9 de novembro
O programa do FÓS hoje, dia 9, contempla a Rota dos Órgãos Históricos de Santarém, numa visita orientada por Vera Duarte. A partir das 16 horas, na Igreja da Alcáçova há canto e órgão por Hélia Castro e Daniel Nunes, seguindo-se pelas 16h30, órgão a solo por Paulo Bernardino, na Igreja de N.ª Sr.ª da Piedade e às 17 horas, órgão com Marta Cruz e com o Coro do Círculo Cultural Scalabitano, na Catedral de Santarém.
À noite, a Igreja da Piedade acolhe mais um recital do FÓS. Paulo Bernardino vai estar a solo, a partir das 21h30.
No domingo, dia 10, pelas 17 horas, a Igreja de S. Nicolau serve de palco à soprano Fabiana Magalhães e ao organista Rui Soares. Um concerto com um repertório preenchido em parte por um compositor portuense do século XVII praticamente inédito.